fevereiro 20, 2007
Minha Jangada Vai Sair para o Mar
O Mestre em Jardins e Pós-graduando de Belas-Artes Mauro Trindade (o Zelig) em seu momento Velho Pescador (Zifio, a gente enfia a minhoca no anzol e fica esperando a lampreia chegar por trás...).
fevereiro 12, 2007
E depois...
E o macho voltou para a fêmea
O doente para o cirurgião
A vítima para o agressor
E o vivo para a morte
Pois todos eles falavam a mesma língua.
O doente para o cirurgião
A vítima para o agressor
E o vivo para a morte
Pois todos eles falavam a mesma língua.
Gel-o-Matic Blues
Moça, você pode correr
Mas não pode se esconder
E a enorme mão dele a pegará
E falará palavras doces sobre nunca a esquecer
E como foi grande o amor dele por você
E a levará até a geladeira
E a porá com cuidado em um lugar ainda vazio
Entre o molho branco já vencido,
o iogurte também já vencido,
o patê que ele provou e não gostou,
a maionese pela metade
e a berinjela que ele pretende um dia fazer
restos arqueológicos
presentes em todas as geladeiras
E o pior é quando você finalmente descobre
Que a luz da geladeira apaga quando a porta fecha
Mas não pode se esconder
E a enorme mão dele a pegará
E falará palavras doces sobre nunca a esquecer
E como foi grande o amor dele por você
E a levará até a geladeira
E a porá com cuidado em um lugar ainda vazio
Entre o molho branco já vencido,
o iogurte também já vencido,
o patê que ele provou e não gostou,
a maionese pela metade
e a berinjela que ele pretende um dia fazer
restos arqueológicos
presentes em todas as geladeiras
E o pior é quando você finalmente descobre
Que a luz da geladeira apaga quando a porta fecha
O Homem Multiplicado
Um dia, seus milhares de olhos olharam em milhares de direções e incontáveis sentimentos atravessaram seus milhares de corações.
Quando ele chegou, não correspondeu à idéia dos que não o conheciam. Nem alto nem gordo, nem baixo nem magro, olhos e cabelos castanhos, nem forte nem fraco. Só e trazendo numa das mãos nem quadrada nem longilínea o saco que estava todo mundo esperando.
- A gente sempre acha que você não vai conseguir chegar.
- Eu sempre cheguei. A primeira vez é sempre a mais difícil. Sempre que a gente começa a fazer uma coisa, depois da segunda vai fácil.
Ele colocou o saco em cima da mesa e um monte de figuras disformes se mexendo como uma montanha de baratas se aproximou para retirar seu conteúdo, esperando todo mundo no entanto que o outro avançasse primeiro para que a desordem começasse.
- Mais alguns séculos de sonhos... nossa história não tem tantos séculos assim... me diz, um dia eu não vou conseguir trazer mais... o que é que a gente pode fazer?
- A gente sempre pode arrumar um emprego. Principalmente você. Qual é o truque?
- Não tem truque nenhum. - E ele sorria, abria todos os dentes esbranquiçados e perfeitamente divididos, quadrados e amistosos apesar da desarmonia do sorriso.
Uma das formas disformes se soltou do grupo, foi até a luz e a apagou e deixou todos no escuro, não era mesmo bom deixar uma luz acesa. Inimigos, todos eles estão sempre vindo de algum lugar, inimigos que não têm visão, não têm audição, nem paladar ou olfato ou tato, têm até uma forma definida, sempre parecem mais quadrados e aparecem assim e desaparecem.
(Às vezes uma ou outra morte).
E assim não se pode fumar no exterior. Uma regra básica para sitiados. Uma brasa de cigarro é uma procissão no meio do morro tão escuro.
- Apaga isso, estúpido.
- Ninguém vai me ver aqui atrás.
- Eu te mato se você fizer isso, cara...
Súbito, a conversa pára. Os discutentes olham para cima da trincheira e observam dois (nem alto nem magro, nem fraco nem forte, nem baixo nem gordo) (e seu companheiro) (com a sua ascendência sobre o fumante e o violento).
- É proibido fumar.
Os dois da trincheira concordam. O fumante apaga seu cigarro. Os dois em pé continuam caminhando (mas não é uma caminhada relaxada, é uma caminhada de espreita, é uma caminhada suspeita).
- Proibido fumar. Tudo que fazemos aqui é proibido. Se não, não tínhamos inimigos.
- E é preciso mantê-los afastados.
- Tantas precauçòes e vem um fogo-fátuo, brilha e pronto. Eles já têm toda a luz que precisam. - Ele pára e olha para o cândido sujeito dos séculos de sonhos. Sacode a cabeça e continua. - E você, qual é a tua, afinal? Você não tem um passado aqui. Pra que é que você faz esse serviço? Como é que você faz para ir e vir assim, tão tranquilamente? Como é que você consegue entrar aqui, sair daqui?
- Eu tenho o melhor de dois mundos.
- Fala sério.
- Os nomes que eu dou, você já parou para pensar neles? "Séculos de Sonho". Temos muitos séculos de sonhos pela frente. Não faz sentido que acabem agora. Não podem acabar agora. Eles ainda virão.
- E se você não viver pra ver esses teus séculos de sonhos?
- Um dia todos vamos morrer. Mas não eu.
- Ah. Você é imortal, então.
- Um dia eu te explico. Você ainda vai me pegar no meio da minha mitose.
- O que é uma mitose?
- Uma célula se dividir em duas.
- E o que é uma célula?
- Um tijolo.
- Então por que é que você não fala logo "tijolo" em vez de "célula"?
- Porque uma célula é uma entidade biológica, é um tijolo do ser humano.
- Esquece.
- Me dá um cigarro.
O companheiro com ares de comandante sorri e pega o maço no bolso.
Acende.
Fumaça.
Fumaça faz mal aos pulmões. Fumaça faz mal à gente, a gente mesmo fazendo mal à gente, mas é assim mesmo. Ainda mais quando somos milhares, quando somos incontáveis formas. Foi um dia, ele estava na trincheira olhando o céu estrelado, nessas noites podia se ver com perfeição os vultos dos outros trabalhando, construindo fortificações e trincheiras, erguidos contra o diáfano azul escuro esbranquiçado de Lua, eles estavam sempre construindo coisas, montando coisas, sempre ativos, nunca paravam, sempre elétricos, sempre andando de um lado para o outro, sempre pensando no que fazer agora e no memonte, eles estavam sempre assim, eles não tinham alguém que permitisse ver os séculos de sonho.
E foi nesse dia que ele resolveu se explicar para quem ainda não tinha entendido e fazia questão de saber.
- Eu morri. Morri quando estava vindo para cá.
- Morreu?
Ninguém ainda tinha entendido, para dizer a verdade.
- E morri ontem e anteontem.
Para ser bem sincero mesmo, só quem fazia questão de saber era seu companheiro de caminhada pelas trincheiras.
- Como assim?
- Eu morri. Morri. Coração parando de bater, você não entende?
- Que que tem o coração parar de bater?
- Você não se apaixona mais.
(E o companheiro de caminhadas não estava assim, acostumado a essas sutilezas retóricas, a metáforas e pretensa poesia).
- E aí? O que tem isso a ver com você entrar e sair?
- Eu morri e vim entregar os séculos de sonho. As milhares... ou teriam sido milhões..? de vezes em que morri foram extremamente desagradáveis. Ainda me restas alguns milhares de mins, mas o estoque um dia vai acabar... que nem o número de séculos na história humana, sejam de sonhos ou não. Parecem intermináveis, mas um dia você vê que são finitos.
- E aí? O que é que vai acontecer?
- Aí que não vai haver mais sonho. Nem eu. Eu não vou haver mais. Nem século seguinte. Nem você, nem eles (e aponta os inimigos), nem ninguém.
- Vão deixar de existir só porque você vai morrer?
- Pra mim vão. E o que me interessa, além de mim e meus milhares de eus? O que acaba existindo para mim além disso?
- Se você é assim como você diz, não devia se preocupar com isso.
- Não devia mesmo. Mas espero que os séculos acabem primeiro.
Ao longe, os inimigos montavam agora uma casa avarandada (um posto de observação, talvez?), construindo, como sempre, como formigas. Infatigáveis. Incansáveis.
E ele ficava olhando. Os séculos vindouros, assim como luta e muitas outras coisas, ha, ainda tinha muito, mas muito disso pela frente.
Até vidas.
25.8.87
Quando ele chegou, não correspondeu à idéia dos que não o conheciam. Nem alto nem gordo, nem baixo nem magro, olhos e cabelos castanhos, nem forte nem fraco. Só e trazendo numa das mãos nem quadrada nem longilínea o saco que estava todo mundo esperando.
- A gente sempre acha que você não vai conseguir chegar.
- Eu sempre cheguei. A primeira vez é sempre a mais difícil. Sempre que a gente começa a fazer uma coisa, depois da segunda vai fácil.
Ele colocou o saco em cima da mesa e um monte de figuras disformes se mexendo como uma montanha de baratas se aproximou para retirar seu conteúdo, esperando todo mundo no entanto que o outro avançasse primeiro para que a desordem começasse.
- Mais alguns séculos de sonhos... nossa história não tem tantos séculos assim... me diz, um dia eu não vou conseguir trazer mais... o que é que a gente pode fazer?
- A gente sempre pode arrumar um emprego. Principalmente você. Qual é o truque?
- Não tem truque nenhum. - E ele sorria, abria todos os dentes esbranquiçados e perfeitamente divididos, quadrados e amistosos apesar da desarmonia do sorriso.
Uma das formas disformes se soltou do grupo, foi até a luz e a apagou e deixou todos no escuro, não era mesmo bom deixar uma luz acesa. Inimigos, todos eles estão sempre vindo de algum lugar, inimigos que não têm visão, não têm audição, nem paladar ou olfato ou tato, têm até uma forma definida, sempre parecem mais quadrados e aparecem assim e desaparecem.
(Às vezes uma ou outra morte).
E assim não se pode fumar no exterior. Uma regra básica para sitiados. Uma brasa de cigarro é uma procissão no meio do morro tão escuro.
- Apaga isso, estúpido.
- Ninguém vai me ver aqui atrás.
- Eu te mato se você fizer isso, cara...
Súbito, a conversa pára. Os discutentes olham para cima da trincheira e observam dois (nem alto nem magro, nem fraco nem forte, nem baixo nem gordo) (e seu companheiro) (com a sua ascendência sobre o fumante e o violento).
- É proibido fumar.
Os dois da trincheira concordam. O fumante apaga seu cigarro. Os dois em pé continuam caminhando (mas não é uma caminhada relaxada, é uma caminhada de espreita, é uma caminhada suspeita).
- Proibido fumar. Tudo que fazemos aqui é proibido. Se não, não tínhamos inimigos.
- E é preciso mantê-los afastados.
- Tantas precauçòes e vem um fogo-fátuo, brilha e pronto. Eles já têm toda a luz que precisam. - Ele pára e olha para o cândido sujeito dos séculos de sonhos. Sacode a cabeça e continua. - E você, qual é a tua, afinal? Você não tem um passado aqui. Pra que é que você faz esse serviço? Como é que você faz para ir e vir assim, tão tranquilamente? Como é que você consegue entrar aqui, sair daqui?
- Eu tenho o melhor de dois mundos.
- Fala sério.
- Os nomes que eu dou, você já parou para pensar neles? "Séculos de Sonho". Temos muitos séculos de sonhos pela frente. Não faz sentido que acabem agora. Não podem acabar agora. Eles ainda virão.
- E se você não viver pra ver esses teus séculos de sonhos?
- Um dia todos vamos morrer. Mas não eu.
- Ah. Você é imortal, então.
- Um dia eu te explico. Você ainda vai me pegar no meio da minha mitose.
- O que é uma mitose?
- Uma célula se dividir em duas.
- E o que é uma célula?
- Um tijolo.
- Então por que é que você não fala logo "tijolo" em vez de "célula"?
- Porque uma célula é uma entidade biológica, é um tijolo do ser humano.
- Esquece.
- Me dá um cigarro.
O companheiro com ares de comandante sorri e pega o maço no bolso.
Acende.
Fumaça.
Fumaça faz mal aos pulmões. Fumaça faz mal à gente, a gente mesmo fazendo mal à gente, mas é assim mesmo. Ainda mais quando somos milhares, quando somos incontáveis formas. Foi um dia, ele estava na trincheira olhando o céu estrelado, nessas noites podia se ver com perfeição os vultos dos outros trabalhando, construindo fortificações e trincheiras, erguidos contra o diáfano azul escuro esbranquiçado de Lua, eles estavam sempre construindo coisas, montando coisas, sempre ativos, nunca paravam, sempre elétricos, sempre andando de um lado para o outro, sempre pensando no que fazer agora e no memonte, eles estavam sempre assim, eles não tinham alguém que permitisse ver os séculos de sonho.
E foi nesse dia que ele resolveu se explicar para quem ainda não tinha entendido e fazia questão de saber.
- Eu morri. Morri quando estava vindo para cá.
- Morreu?
Ninguém ainda tinha entendido, para dizer a verdade.
- E morri ontem e anteontem.
Para ser bem sincero mesmo, só quem fazia questão de saber era seu companheiro de caminhada pelas trincheiras.
- Como assim?
- Eu morri. Morri. Coração parando de bater, você não entende?
- Que que tem o coração parar de bater?
- Você não se apaixona mais.
(E o companheiro de caminhadas não estava assim, acostumado a essas sutilezas retóricas, a metáforas e pretensa poesia).
- E aí? O que tem isso a ver com você entrar e sair?
- Eu morri e vim entregar os séculos de sonho. As milhares... ou teriam sido milhões..? de vezes em que morri foram extremamente desagradáveis. Ainda me restas alguns milhares de mins, mas o estoque um dia vai acabar... que nem o número de séculos na história humana, sejam de sonhos ou não. Parecem intermináveis, mas um dia você vê que são finitos.
- E aí? O que é que vai acontecer?
- Aí que não vai haver mais sonho. Nem eu. Eu não vou haver mais. Nem século seguinte. Nem você, nem eles (e aponta os inimigos), nem ninguém.
- Vão deixar de existir só porque você vai morrer?
- Pra mim vão. E o que me interessa, além de mim e meus milhares de eus? O que acaba existindo para mim além disso?
- Se você é assim como você diz, não devia se preocupar com isso.
- Não devia mesmo. Mas espero que os séculos acabem primeiro.
Ao longe, os inimigos montavam agora uma casa avarandada (um posto de observação, talvez?), construindo, como sempre, como formigas. Infatigáveis. Incansáveis.
E ele ficava olhando. Os séculos vindouros, assim como luta e muitas outras coisas, ha, ainda tinha muito, mas muito disso pela frente.
Até vidas.
25.8.87
fevereiro 02, 2007
O Espaço (e o Tempo) - A Fronteira Final
Se a matéria é indivisível, por que o tempo não? A matéria, sabemos todos, é composta de partículas elementares, estrutura adivinhada já pelos gregos na Antiguidade, que começaram a pensar que se você saísse dividindo um pedaço de qualquer coisa e depois subdividindo e subdividindo, em algum momento você iria chegar num ponto em que não dava mais para dividir, um limite. Foi a primeira vez em que se pensou no átomo.
Mas e o tempo? Se a matéria tem um limite, o tempo também não pode ser contínuo e divisível ao infinito, já que um é apenas uma dimensão do outro: quando você olha para o tempo, você está vendo apenas a decadência da matéria, a desorganização da energia de que ela é feita, a entropia, as luzes se apagando no Universo, as trevas e a escuridão tomando conta de tudo.
Então o tempo deve ter também seu componente indivisível. A partícula mínima e básica, que forma de cada microssegundo a cada era geológica, de isótopos cronológicos a imensos polímeros cronais entrelaçados a cada galáxia que se afasta do epicentro do Big Bang.
Eu chamaria a esta partícula "cronion".
E qual seria a menor unidade de tempo possível? Qual a ação que transcorreria no menor intervalo imaginável?
Ora, o tempo que a luz, a coisa mais apressadinha no Universo, leva para percorrer a menor distância existente. Eu, com meus conhecimentos de física de segundo grau, diria que é o méson. Não há nada mais minúsculo. Nada mais infinitesimal do que essa diminuta partícula componente do átomo.
Sendo assim, certamente não existem distâncias menores mensuráveis. Com o quê você vai construir uma régua capaz de medir um espaço tão ínfimo?
O que nos leva ao intervalo mínimo cronológico: o tempo que a luz leva para percorrer um méson.
Não existe nada menor. Não há escalas abaixo disso. Não há intervalo de tempo menor tampouco. Que mostrador de relógio teria subdivisões mais exíguas do que um méson?
Então o tempo não é contínuo. Talvez nos movamos o tempo inteiro a uma única velocidade, a velocidade da luz. Como se fôssemos um filme: permanecemos durante alguns cronions numa única posição e então subitamente fazemos um movimento do tamanho de um méson a 300.000 quilômetros por segundo e novamente paramos durante vários cronions. Assim pareceríamos estar nos movendo bem mais lentamente do que a luz.
Porque o tempo é apenas o espaço enxergado por outro ponto de vista. Como bem exemplificado por nosso envelhecimento e morte.
Mas e o tempo? Se a matéria tem um limite, o tempo também não pode ser contínuo e divisível ao infinito, já que um é apenas uma dimensão do outro: quando você olha para o tempo, você está vendo apenas a decadência da matéria, a desorganização da energia de que ela é feita, a entropia, as luzes se apagando no Universo, as trevas e a escuridão tomando conta de tudo.
Então o tempo deve ter também seu componente indivisível. A partícula mínima e básica, que forma de cada microssegundo a cada era geológica, de isótopos cronológicos a imensos polímeros cronais entrelaçados a cada galáxia que se afasta do epicentro do Big Bang.
Eu chamaria a esta partícula "cronion".
E qual seria a menor unidade de tempo possível? Qual a ação que transcorreria no menor intervalo imaginável?
Ora, o tempo que a luz, a coisa mais apressadinha no Universo, leva para percorrer a menor distância existente. Eu, com meus conhecimentos de física de segundo grau, diria que é o méson. Não há nada mais minúsculo. Nada mais infinitesimal do que essa diminuta partícula componente do átomo.
Sendo assim, certamente não existem distâncias menores mensuráveis. Com o quê você vai construir uma régua capaz de medir um espaço tão ínfimo?
O que nos leva ao intervalo mínimo cronológico: o tempo que a luz leva para percorrer um méson.
Não existe nada menor. Não há escalas abaixo disso. Não há intervalo de tempo menor tampouco. Que mostrador de relógio teria subdivisões mais exíguas do que um méson?
Então o tempo não é contínuo. Talvez nos movamos o tempo inteiro a uma única velocidade, a velocidade da luz. Como se fôssemos um filme: permanecemos durante alguns cronions numa única posição e então subitamente fazemos um movimento do tamanho de um méson a 300.000 quilômetros por segundo e novamente paramos durante vários cronions. Assim pareceríamos estar nos movendo bem mais lentamente do que a luz.
Porque o tempo é apenas o espaço enxergado por outro ponto de vista. Como bem exemplificado por nosso envelhecimento e morte.
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