Mesa Redonda de Cinema:
Robocop
Faz já algum tempo que fiz uma postagem sobre linguagem de cinema em que prometia ao final um pequeno ensaio sobre Robocop, o famoso filme de Paul Verhoeven dos anos 70. A fita me parecia sobremaneira adequada porque era inteligentíssima, com forte conteúdo político num formato à época inovador por cínico e ultra-violento, mantendo o formato blockbuster de ação que fazia então tremendo sucesso com Schwarzenegger, Stallone, Van Damme, Steven Seagal, Chuck Norris e mais um caminhão de desconhecidos que perderam-se nas brumas da história. O longa tornou-se extremamente popular e, como quase todos os filmes do Verhoeven, a princípio foi visto meio de soslaio pela crítica, mas acabou ganhando-a à medida em que esses profissionais foram se acostumando ao estilo pessoal e único do holandês malucão.
Com o passar do tempo, foi amadurecendo a idéia de começar a juntar meus amigos filósofos, escritores, cineastas (e outros pseudo-intelectuais em geral) para discutirmos o filme. A princípio a idéia era editar o debate e transcrevê-lo, mas com a difusão da banda larga e o sucesso do YouTube, me pareceu mais interessante - e até mais fácil - fazer um podcasting, deixando os arquivos de áudio aqui para que fossem baixados e escutados.
Infelizmente, este blogue ainda não possui podcasting, mas posso subir vídeos para ele - não áudio. Então tasquei umas fotos da gente pra fazer o fundo do debate e mandei tudo pro servidor. Pra facilitar a audição e a conexão de quem não tem a banda mais larga do mundo, piquei tudo em blocos de cerca de 5 minutos. Um dos debatedores, Roger Filósofo, vai tentar arquivar só o áudio em sua página pra quem quiser baixar pro seu iPod ou laptop ou seja lá o que for.
Então, este é o debate. Robocop foi escolhido para abrir justamente por ser um filme que fez sucesso de público e todo mundo viu e, ainda assim, ser rico em conteúdo, significados e inovações formais e estilísticas. Assim, a discussão poderia ser entendida por todo mundo, sem que houvesse necessidade de se correr a locadoras de vídeos de arte, que tivessem fitas cabeças impopulares e obscuras (embora já já estaremos fazendo isso). No futuro talvez discutamos filmes contemporâneos que dividem opiniões, como 2046, Oldboy, O Grande Lebowski e afins. Mas, por enquanto, um clássico da ficção científica dos anos 80, o grande sucesso de 87, debatido por:
Antônio Rogério da Silva - Jornalista e PHD em filosofia, o Roger Filósofo já conhecido por quem frequenta estas plagas;
Arnaldo Bloch - Jornalista e colunista de O Globo, escritor com dois livros publicados e mais dois no prelo;
Luiz Bello - Jornalista e Assessor de Imprensa do IBGE;
Luiz Henriques Neto - Eu mesmo;
Sílvio Roberto Rabaça - Jornalista e Assessor de Imprensa, com pós-graduação em Filosofia, autor de um livro e com outro no prelo.
E, com vocês, ROBOCOP!
Espero que vocês nos desculpem, esta é a nossa primeira tentativa e tal, então alguém apertou o botão errado no gravador digital e assim não capturamos as considerações iniciais do Arnaldo e de Roger Filósofo. Mas a discussão prossegue:
maio 31, 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Excelente debate. Assisti a meses atrás. Mas só agora estou comentando. Não imaginei que robocop tivesse uma carga cultural tão grande. Esse debate foi melhor que o do "Quero ser John Malkovich". Um grande abraço. Janilson Lima Animador. Natal/RN. http://www.janilsonlima.com/
bacana o debate!! robocop é da dec. de 80
Enviar um comentário