fevereiro 21, 2013

fevereiro 15, 2013

O Fim das Armas de Tiro Único


Foi mencionado alguns parágrafos acima a cápsula. A cápsula era já um produto da Revolução Industrial. Tinha a forma de uma pequeno balde, com fulminato de mercúrio por dentro. Essa substância tem a propriedade de “explodir” quando pressionada subitamente e era utilizada para gerar a faísca que deflagrava a pólvora. Na verdade, apesar do uso do pretérito, ela ainda existe e serve exatamente para isso, só que atualmente fica embutida na base dos cartuchos.

A cápsula tornou-se a base dos primeiros cartuchos para carga pela culatra. Eles eram feitos de papel e compunham-se da bala, uma base de cobre com a cápsula no meio, e a pólvora em seguida. Depois de carregado na arma, esse conjunto era disparado por uma agulha que atravessava a pólvora e atingia a cápsula, originando a faísca e deflagrando a carga.

O problema com a carga pela culatra sempre tinha sido a impossibilidade de se vedá-la completamente, uma vez feita nela uma abertura para entrar a munição. Um atirador receberia parte do impacto da explosão diretamente na cara. Os primeiros fuzis de agulha usavam a própria elasticidade do metal para fazer a vedação. A pressão fazia-o expandir-se e vedar os gases. Os franceses fizeram melhor e criaram o Chassepot, com um anel de borracha para desempenhar a função.

A vedação por borracha era tão mais eficiente do que a por metal puro que permitia o uso de uma carga maior e, portanto aumentava o alcance (e, simultaneamente, a precisão). Os Chassepot atiravam três vezes mais longe do que os Dreyser alemães e foram com aqueles que os gauleses partiram para a porradaria com seus vizinhos germânicos, crentes que seu fogo manteria seus oponentes à distância, incapazes de revidar. Não contavam que os hunos tivessem CANHÕES com carga pela culatra, que mantiveram a infantaria longe demais para usar seus fuzis.
O fuzil de agulha Chassepot, que tinha uma almofada de borracha pra selar a câmara. Repare no alto, à direta, embaixo da baioneta, o esquema de um cartucho de papel


Mas o cartucho de papel era frágil demais para ser usado num mecanismo que alimentasse a arma automaticamente. O rifle de repetição era o Santo Graal dos armeiros e buscado desde os primórdios da pólvora. Com o surgimento da cápsula fulminante, foram criados alguns sistemas que conseguiam fazer essa carga mecanicamente, mas eram complicados e, portanto, frágeis demais para o campo de batalha - e isso quando funcionavam. Por volta do meio do século XIX, a Volcanic Repeating Arms, nos Estados Unidos, começou a experimentar com “balas-foguete” - munições que encapsulavam a carga de pólvora e saíam “a jato” do cano. Essa ideia não vingou, mas seu criador, William Hunt, desenhou algumas armas para o cartucho, com recarga através de um mecanismo acionado por alavanca, que atingiria a glória mais tarde.


O cartucho de papel da Chassepot

Mais Terror

Na feirinha da Praça XV.

Seu Juarez na Feirinha da Praça XV

Ajudando o filho na barraca: "bota lá que eu sou menos jovem, mas sou bonito".

Fábrica da Bhering




O Relógio

Cassiano Ricardo 

Diante de coisa tão doida
Conservemo-nos serenos

Cada minuto da vida
Nunca é mais, é sempre menos

Ser é apenas uma face
Do não ser, e não do ser

Desde o instante em que se nasce
Já se começa a morrer.

Antes do Stresstab, Já Havia Edna St. Vincent Millay

My candle burns at both ends
It will not last the night;
But ah, my foes,
and oh, my friends,
It gives a lovely light!

Descontração

Fantasmagoria

 
Fábrica da Bhering

Banzai!



O vídeo acima mostra cenas reais de kamikazes em ação. Tem muita gente que ainda acha ridículo que kamikazes usassem capacetes, achando que, já que eles vão morrer mesmo, vai de qualquer jeito. A coisa não era bem assim. Embora os kamikazes fossem recrutados entre pilotos sem vitórias aéreas ou jovens recentemente alistados e que só tinham recebido treinamento básico, eles eram guerreiros valorizadíssimos. Partir para a batalha com a certeza de que não vai voltar não é para qualquer um - os alemães pensaram em fazer algo semelhante, com um mecanismo de ejeção que salvasse o piloto a tempo, mas desistiram porque a coisa não funcionava direito. Nem mesmo os nazistas conseguiram conceber que números significantes de jovens seriam tão obedientes e dóceis rumo ao reino desconhecido de onde ninguém jamais voltou.

Então, para quem ainda insistir com essa história de kamikazes supérfluos, repare no vídeo acima as homenagens e saudações que eles recebiam antes de partir em sua missão. E, assim como acontecia com os berserkers, os guerreiros malucos dos vikings, o efeito aterrorizante que eles causavam no inimigo era bem maior do que sua verdadeira efetividade. Os americanos ficaram obcecados com aqueles pilotos suicidas, a ideia lhes era inconcebível. É por isto que hoje em dia eles têm os mesmos problemas com terroristas-bomba e similares.

Ao Vivo e Sem Cores



O vídeo do debate entre John Kennedy e Richard Nixon, que inaugurou a era dos candidatos à presidência se enfrentando na televisão. Kennedy lançou várias vezes o desafio e o futuro biltre aceitou, crente de que poderia se sair melhor do que o filhinho mimado de Joseph Kennedy.

Mas Nixon não era um sujeito antenado como Kennedy e não desconfiava que sua expressão corporal, seu rosto nem um pouco fotogênico e, principalmente, seu terno cinza contra um fundo cinza na era da tevê cinza-claro-e-cinza-escuro (quem fala em televisão preto e branco chegou a este mundo depois dos anos 70) iriam derrubá-lo. Embora quem tivesse ouvido o debate pelo rádio tenha achado que Nixon foi o vencedor do confronto, a (já na época nos EUA) muito maior audiência da televisão consagrou Kennedy como triunfante. O terno escuro do rapaz manteve a atenção do público concentrada nele, seu relaxamento e elegância frente a tensão de Nixon (famoso por suar como um porco) acabaram sendo mais importantes do que as palavras do futuro fora-da-lei. Um momento importantíssimo na história da política ocidental, já que hoje em dia os "marqueteiros" das campanhas costumam ter mais peso do que as plataformas dos candidatos.

Pessoas que Realmente Existem

Tudo que é velho é novo outra vez :)