A Varig se vinga libertando os produtos malditos de seu tresloucado programa de pesquisa para barateamento dos vôos...
julho 16, 2006
julho 11, 2006
Bast
Nome
(...) Alguém chama por mim.
No calor tudo me soa longínquo, as ameaças me soam longínquas, a Catarina me soa longínqua, meu nome me soa longínquo, as pessoas o repetem para mim desde que nasci.
E eu, enfeitiçado pelo seu poder mágico irresistível, preso ao encanto contido dentro dele, sempre, desde que me vi gente, respondo, viro-me para ver, mesmo que esteja pensando em outra coisa, em outros nomes, em outros mundos, em outras vidas, ou na morte, na minha morte, até mesmo na minha morte, aguardando por mim nas ruas em clima de abandono, até mesmo neste momento, eu me viro para ver quem chama por mim, mesmo que não chamem por mim, chamem apenas um nome, uma palavra, um feitiço que me arrastará ao túmulo e o enfeitará, ainda assim eu me viro, ainda que não seja o meu nome, ainda que seja o meu nome mas não o meu, um outro nome, um outro feitiço, um outro encanto.
A linguagem é um vírus do espaço exterior e eu prefiro conhecer seu rosto do que seu nome.
No calor tudo me soa longínquo, as ameaças me soam longínquas, a Catarina me soa longínqua, meu nome me soa longínquo, as pessoas o repetem para mim desde que nasci.
E eu, enfeitiçado pelo seu poder mágico irresistível, preso ao encanto contido dentro dele, sempre, desde que me vi gente, respondo, viro-me para ver, mesmo que esteja pensando em outra coisa, em outros nomes, em outros mundos, em outras vidas, ou na morte, na minha morte, até mesmo na minha morte, aguardando por mim nas ruas em clima de abandono, até mesmo neste momento, eu me viro para ver quem chama por mim, mesmo que não chamem por mim, chamem apenas um nome, uma palavra, um feitiço que me arrastará ao túmulo e o enfeitará, ainda assim eu me viro, ainda que não seja o meu nome, ainda que seja o meu nome mas não o meu, um outro nome, um outro feitiço, um outro encanto.
A linguagem é um vírus do espaço exterior e eu prefiro conhecer seu rosto do que seu nome.
Listas
"Você não pode comer todas as mulheres do mundo e nem ver todos os filmes do mundo, por isso a humanidade inventou a lista dos dez melhores de todos os tempos e o amor" (Zé José)
julho 10, 2006
Os não tão Mais Belos Poemas de Amor
No calor da paixão eu ceifei
Todas as outras mulheres
As calmas, as tranquilas,
as amantíssimas, as carentes,
as choronas, as belas, as ajeitadas,
as rejeitadas, as apaixonadas,
as alegres, as infelizes,
Os casamentos, os amigamentos
E agora, hoje, permaneço aqui
Genocida solitário
Nesta terra estéril e desolada
Por onde a sombra dela uma vez passou
(Sem Título - Luiz Henriques Neto)
Todas as outras mulheres
As calmas, as tranquilas,
as amantíssimas, as carentes,
as choronas, as belas, as ajeitadas,
as rejeitadas, as apaixonadas,
as alegres, as infelizes,
Os casamentos, os amigamentos
E agora, hoje, permaneço aqui
Genocida solitário
Nesta terra estéril e desolada
Por onde a sombra dela uma vez passou
(Sem Título - Luiz Henriques Neto)
Os Mais Belos Poemas de Amor
CANÇÃO, de Louise Bogan, livre tradução minha:
Ama-me que estou perdida
Ama-me que estou incompleta
Você terá que ser bravo
Nenhum homem jamais o quis.
Nenhum.
Você terá que ser forte
Para procurar em meu coração
O que outros procuraram em meu rosto
Ama-me que estou perdida
Ama-me que estou incompleta
Ama-me e eu te advirto:
Este é um lugar terrível
E desolado
SONG, de Louise Bogan
Love me because I am lost;
Love me that I am undone.
That is brave- no man has wished it,
Not one.
Be strong, to look on my heart
As others look on my face.
Love me, - I tell you that it is a ravaged
Terrible place.
Ama-me que estou perdida
Ama-me que estou incompleta
Você terá que ser bravo
Nenhum homem jamais o quis.
Nenhum.
Você terá que ser forte
Para procurar em meu coração
O que outros procuraram em meu rosto
Ama-me que estou perdida
Ama-me que estou incompleta
Ama-me e eu te advirto:
Este é um lugar terrível
E desolado
SONG, de Louise Bogan
Love me because I am lost;
Love me that I am undone.
That is brave- no man has wished it,
Not one.
Be strong, to look on my heart
As others look on my face.
Love me, - I tell you that it is a ravaged
Terrible place.
Os Mais Belos Poemas de Amor
Sérgio Sampaio é o autor de EU QUERO BOTAR MEU BLOCO NA RUA, que morreu nos anos 90, aos 49 anos, de pancreatite, que é uma doença que só dá em quem bebe tanto que estraga o pâncreas antes de conseguir foder o fígado. Ano passado tive que escrever em dois dias uma peça sobre a vida dele, em mais um projeto que não deu em nada. Principalmente porque o produtor não gostou do texto, embora eu insistisse que era um ótimo musical escrito em dois dias. Frequentando os piratas da Cinelândia, consegui juntar toda a discografia dele, inclusive gravações em CD de compactos que nem a mulher dele tinha. Só não tenho o disco novo com canções inéditas que o Zeca Baleiro gravou, mas pretendo comprar em breve. Abaixo está uma das inéditas dele, cuja letra é tão bonita que serve até como poesia. Para quem não conhece nada dele além do BLOCO NA RUA, aquela "Tem que Acontecer" que o Zeca Baleiro gravou, também é do Sérgio e também vem logo a seguir:
EM NOME DE DEUS
(Sérgio Sampaio)
Eu nunca pensei que pudesse querer
Alguma mulher como quero você
Se o mago soubesse
Juntasse o meu nome em S
Ao seu nome em C
Nas cartas de todo tarot que houver
Em todo o I-Ching eu podia não crer
Mas tudo é tão verde em seus olhos
Não dá pra não ver
Mas tudo é tão verde em seus olhos
Você que se esconda, que eu vou procurar
Você nem se iluda, que eu vou lhe encontrar
Você pode ir e sair e sumir por aí
Que não vai se ocultar
Eu vejo seu rastro onde ninguém mais vê
Eu pego carona até na Challenger
E vou nos anéis de Saturno buscar por você
E vou nos anéis de Saturno
Sem ser João Batista, você batizou
Meu corpo na crista das ondas do mar
E aí me abriu feito ostra
E colheu minha pérola pra Yemanjá
Agora que estou à mercê de sua luz
Em nome de Deus, me carregue
Me pregue em sua cruz
Em nome de Deus, me carregue
Tem que acontecer
(Sérgio Sampaio)
Não fui eu nem Deus
Não foi você nem foi ninguém
Tudo o que se ganha nessa vida
É pra perder
Tem que acontecer, tem que ser assim
Nada permanece inalterado até o fim
Se ninguém tem culpa
Não se tem condenação
Se o que ficou do grande amor
É solidão
Se um vai perder
Outro vai ganhar
É assim que eu vejo a vida
E ninguém vai mudar
Eu daria tudo
Pra não ver você cansada (zangada)
Pra não ver você calada (cansada)
Pra não ver você chateada
Cara de desesperada
Mas não posso fazer nada
Não sou Deus nem sou Senhor
Eu daria tudo
Pra não ver você chumbada
Pra não ver você baleada
Pra não ver você arriada
A mulher abandonada
Mas não posso fazer nada
Eu sou (sou só) um compositor popular
EM NOME DE DEUS
(Sérgio Sampaio)
Eu nunca pensei que pudesse querer
Alguma mulher como quero você
Se o mago soubesse
Juntasse o meu nome em S
Ao seu nome em C
Nas cartas de todo tarot que houver
Em todo o I-Ching eu podia não crer
Mas tudo é tão verde em seus olhos
Não dá pra não ver
Mas tudo é tão verde em seus olhos
Você que se esconda, que eu vou procurar
Você nem se iluda, que eu vou lhe encontrar
Você pode ir e sair e sumir por aí
Que não vai se ocultar
Eu vejo seu rastro onde ninguém mais vê
Eu pego carona até na Challenger
E vou nos anéis de Saturno buscar por você
E vou nos anéis de Saturno
Sem ser João Batista, você batizou
Meu corpo na crista das ondas do mar
E aí me abriu feito ostra
E colheu minha pérola pra Yemanjá
Agora que estou à mercê de sua luz
Em nome de Deus, me carregue
Me pregue em sua cruz
Em nome de Deus, me carregue
Tem que acontecer
(Sérgio Sampaio)
Não fui eu nem Deus
Não foi você nem foi ninguém
Tudo o que se ganha nessa vida
É pra perder
Tem que acontecer, tem que ser assim
Nada permanece inalterado até o fim
Se ninguém tem culpa
Não se tem condenação
Se o que ficou do grande amor
É solidão
Se um vai perder
Outro vai ganhar
É assim que eu vejo a vida
E ninguém vai mudar
Eu daria tudo
Pra não ver você cansada (zangada)
Pra não ver você calada (cansada)
Pra não ver você chateada
Cara de desesperada
Mas não posso fazer nada
Não sou Deus nem sou Senhor
Eu daria tudo
Pra não ver você chumbada
Pra não ver você baleada
Pra não ver você arriada
A mulher abandonada
Mas não posso fazer nada
Eu sou (sou só) um compositor popular
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