Agora começam a falar a sério naquele velho artifício de história em quadrinhos, a transferência da mente. No caso, para driblar a morte, fariam um download de sua cabeça pra cabeça de um clone mais jovem ou algo parecido (em outra postagem eu explico por que acredito que não funcionaria se o receptáculo não fosse um corpo humano).
Mas de que isso iria adiantar? Não seria você a estar no corpo mais jovem. Seria apenas uma consciência idêntica à sua. Você continuaria em sua própria carne observando de fora você mesmo partir para curtir novamente a juventude antes de envelhecer, fazer uma transferência de mente e morrer também.
Porque é o limite o pior. A idéia de que estamos presos neste segmento de tempo e neste corpo, de que nunca poderemos realmente conectar com outro ser humano ou animal. É por isso que todas as grandes religiões são preocupadas com a negação da individualidade. É ela que nos limita ao nosso corpo. É ela que é a morte. É ela que é a ilusão de vida que nos traz a angústia do fim.
A individualidade é a morte.
fevereiro 05, 2009
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