A gente associa tanto cor a modernidade que as fotos acima, tiradas na primeira década do século XX, parecem pelo menos de 1930. Sergey Prokudin-Gorsky criou um sistema para obter imagens coloridas com resultados espetaculares e foi comissionado pelo czar para documentar o império russo entre 1905 e 1915. Repare que, nesta última cena, em que o próprio está posando, o rio parece ser de gelo seco, o que entrega que a exposição era longa - a água se moveu bastante enquanto a foto era tirada e "borrou" o riacho. Clique aqui para ler mais sobre ele na wikipedia ou mesmo ver as imagens acima em sua resolução original, com mais de 9 megapixels e uma nitidez de dar inveja às câmeras analógicas que eu usei.
As fotos são, respectivamente - emir de Bukhara, uma prisão, prisioneiros austríacos da I Guerra e o próprio Gorski. Clicando nelas, você as vê maior, mas para vê-las em todos os seus gloriosos 9 megapixels coloridos e nítidos, vá até o verbete indicado no linque acima.
Já essas três acima são fotos NÃO COLORIDAS À MÃO da I Guerra Mundial, o conflito ao qual nos acostumamos a imaginar que foi lutado por sujeitos monocromáticos e tão sujos que pareciam granulados. A granulação, tudo bem, permanece - o sistema Autochrome usado para capturar essas cenas não é tão bom quanto o de Gorsky, mas parece mais prático, mas descubra coisas inesperadas como a cor azul-clara estilo século XIX dos uniformes franceses. Um pouco mais brilhante e talvez um alvo com os dizeres "atire em mim" teria o mesmo efeito.
Essas fotos foram pescadas num blogue para quem curte filmes fotográficos e câmeras analógicas: Photo Utopia
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