Fui ao jogo do Vasco na quarta - tudo bem, só empatou, mas faz parte. A festa da arquibancada estava muito bonita, tanto que filmei e fotografei muito com meu celular.
Até alguns anos atrás, fotografar com o celular só gerava pequenas fotinhos que serviam apenas para serem vistas na minúscula tela do aparelho, mas com o Nokia 95, de 5 megabytes de resolução, bom sensor e minilente de responsa assinada pela Zeiss, a única coisa que faz falta é um zoom ótico. Desde meu Nokia anterior, um 6265, que esse combo câmera-telefone já gera imagens bastante superiores à minha primeira megapixel, uma Kodak que comprei no final de 2000, com resolução de 1152 x 964 pontos e que deixava as pessoas boquiabertas com a qualidade - e que custou mil reais d'antanho.
E agora eu carrego no bolso, junto com meu telefone portátil, uma câmera com resolução de imagem VGA - 640 x 480, o quádruplo da minha primeira VHS que me foi tão fiel (e caríssima em 1986). É claro que a compressão digital atrapalha um pouco, mas ainda assim o celular filma bem, fácil, e com os preços de cartões de memória desabando, por muito tempo.
Daí me ocorreu: todo mundo anda preocupado com a indústria fonográfica e os jornais se estabacando por causa da Internet, mas quanto tempo vocês acham que vai levar pra gente poder transmitir em tempo real o que está filmando no celular, com qualidade bastante satisfatória? A banda larga está cada vez mais barata, rápida e onipresente. Os aparelhos de telefone de hoje já podem subir prum blogue imediatamente o que você fotografou, algo inimaginável não faz muito tempo.
E aí? Sem direitos de transmissão de tevê pra bancar clubes de futebol ou fórmula-1, como é que vai ser a negociação de esportes? E cobertura jornalística? Transmissões de shows? Já há um bom tempo se fala que televisão pela Internet tem um futuro promissor, mas pouco ainda se fez. Mas se já sabemos que reality shows dão o maior ibope e em breve todo mundo vai ter um estúdio portátil no bolso, o paradigma das emissoras de tevê vai ter que mudar tanto quanto o resto da mídia, que anda sofrendo pra burro desde que a Internet democratizou arte para todos.
E ainda me lembro de uma hippie nos anos 90 no meu curso de teatro escrevendo como a Internet era nociva às pessoas realmente sensíveis... suspiro.
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