Que ele seria foram as acusações que eu li no blogue do Vasco. Mas interneteiros torcedores de futebol costumam ser exaltados e pensarem com as tripas. O Vasco vem dominando quase todos os jogos que fez no ano - inclusive contra o Corintians, pelo menos lá em Sampa - e vem esbarrando na falta de gente com poder de decisão, que receba a bola, divida, se atrapalhe, mas conclua a jogada, de preferência com o gol. Algo como o Élton fez no gol do Adriano contra a Portuguesa. Pena ser tão raro. Na maioria das vezes ele perde as chances quando a oportunidade é muito mais clara.
A galera também esquece que o Vasco tem um time cheio de jogadores de poucos recursos, que compensam com dedicação e às vezes inteligência. Se o Elton, com aquele tamanho, aquela movimentação e aquela clareza de raciocínio ainda fosse habilidoso certamente não estaria em São Januário. O Dorival armou o ataque vascaíno baseado na mobilidade, velocidade e inteligência de um dentista quase formado de uma tradicional família de dentistas, o Pimpão. Tudo bem, é outro sujeito incapaz de decidir a não ser que a oportunidade seja claríssima, mas seus constantes deslocamentos pelas duas pontas e combinação com os laterais foram o arcabouço do esquema ofensivo cruzmaltino até sua contusão. Como sempre acontecia antes do Lídio Toledo ser o médico do Vasco, qualquer contusão no time agora leva dois, três meses pra recuperação. Por uma incrível coincidência, o mesmo médico de agora, Clóvis Munhoz, foi quem antecedeu o Lídio.
Mas, voltando ao esquema. O Vasco vem jogando sem o pivô de seu ataque, sem o lateral direito e contra a Lusa sem o esquerdo também. Simplesmente desmontou-se todo o ataque rápido e ágil (mas sem grande poder de decisão) da equipe. Falta alguém ainda que receba a bola na quina da área e a chute, com força e precisão, em vez de tentar cortar pro meio e ser desarmado. Esse tipo de artilheiro, saca? Mas pelo menos o time tem personalidade e normalmente se impõe contra qualquer adversário. Retranqueiro não tem nada a ver.
agosto 18, 2009
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