“Saiba (...) como ter lugar reservado na praia”, tá na primeira página do Globo hoje. É que é a capa do Rio Show desta semana. Aprenda o macete: basta ligar prum barraqueiro que por uma graninha ele ocupa um espaço pra você e, se tiver bebês no grupo, ainda arma uma piscininha. O Zé Pereira pensou em fotografar essa matéria e mandar praquela seção do Globo “ilegal, e daí?”.
Sim, porque os barraqueiros são camelôs ilegais, nem vale a pena falar de se apossar de um espaço público, e a água – centenas de litros – necessária pra encher uma piscininha vem dos gatos que eles fazem pra montar chuveirinhos “só para os clientes”.
Faz sentido, afinal pros leitores do Globo deve soar um absurdo que um bando de pé-rapados que acordam ainda de madrugada pra viajar até a Zona Sul tentar fazer um programa de graça possam ocupar um lugar na praia deles. Afina, pra que que eles pagam tanto IPTU? Mas o que fazer? Thomas L. Friedman certa vez, numa viagem a um desses países subdesenvolvidos da Ásia, ao ver uma cameloa que cobrava pra dar o peso e altura do sujeito, louvou-a como personificação da iniciativa. Esses barraqueiros só estão sendo neoliberais. Quem pode mais, chora menos e se esses pobres não fossem tão preguiçosos e sem iniciativa teriam grana pra reservar local na praia também.
novembro 13, 2009
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