
Assim, acidentes aconteciam a granel. Aqui aparentemente o acidente na edição de 1935 que tomou a vida de Irineu Corrêa - vencedor no ano anterior - na primeira volta. A foto é simplesmente espetacular (e tremendamente macabra) e a nitidez dos detalhes chega a fazer desconfiar de Photoshop - embora já existisse a magnífica e lendária Leika, eu não sabia que já se vendiam filmes tão rápidos. Se bem que com o sol do Rio, fechar a objetiva e jogar a velocidade do obturador lá pra cima não é problema.
Repare que o sujeito bateu numa árvore (ainda pequena) da Visconde de Albuquerque na reta - alguém deve ter feito merda com ele. Repare o equipamento de segurança: um pequeno capacete de couro. Pelo menos se ele cair de cabeça amortece um pouco o impacto!

Existiam também acidentes menos funestos...

Eu sei que há pouco fiz uma postagem falando como hoje em dia todo mundo é paranóico com segurança, mas também o pessoal de antigamente não precisava exagerar. Uma curva mal feita aqui e, pelo menos hoje em dia, imediatamente cartas de leitores entupiriam os jornais falando que o prefeito só se importa em trazer turistas pra corrida, enquanto colunistas - alguns dos quais teriam brigado por um desses lugares privilegiados - fariam manchetes com "Tragédia previsível" e afins.

Engraçado, eu pensei que o Hotel Leblon, o primeiro hotel de encontros de algum nível, para a classe média, fosse dos anos 50, no máximo 40, já que imagino que as moças de bem não davam até então (ha, ha, ha). Será que antes ele era outra coisa?
E aqui, um pouco da corrida.
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