dezembro 29, 2011

Debra Paget

Pros voyeurs de plantão, uma dica: o filme Sepulcro Indiano, de Fritz Lang. O modelito acima é usado por Debra Paget na cena em que ela tem que encantar uma cobra (sutil!!!!!!). Paget, uma das muitas impiedosamente belíssimas atrizes de Hollywood dos anos 50, fez olhos a seguirem avidamente aos 17 anos como a esposinha apache de James Stewart no primeiro bangue-bangue pró-índios do cinemão americano, Flechas de Fogo.

Qualquer um vira pró-índio pra pegar esta apache

Nascida em 1933, com apenas 22 aninhos fez o papel mais conhecido de sua carreira, Lilia, a aguadeira de Os Dez Mandamentos, a obra-prima surreal de Cecil B. de Mille. Onde, seguindo a cartilha do veterano diretor sobre como mostrar temas piedosos, ela teve a oportunidade de mais uma vez vestir o mínimo que a censura da época exigia.

Pede água, vai...

Em 1955 a Fox rescindiu o seu contrato depois de divergências trabalhistas e a moça resolveu se mandar pra Europa pra trabalhar com o conceituadíssimo Fritz Lang, na refilmagem de Sepulcro Indiano, uma historinha com ritmo de seriado de cinema mudo. Paget fazia uma espécie de sacerdotisa da cobra (não pesquei a metáfora) e tinha que mantê-la domada vestindo isso aí embaixo enquanto dançava selvagemente. Obviamente a cena foi cortada quando passou nos Estados Unidos.


Debra Paget fez vários outros filmes, esquecíveis em sua maioria, sempre como a nativa belíssima ou a beldade exótica (não posso imaginar o motivo). Ao contrário de outras titãs da beleza da época (Veronica Lake, Gene Tierney) com problemas com os estúdios, ela não acabou seus dias bêbada ou esquizofrênica. Em 1964 casou-se com um magnata do petróleo, depois de um matrimônio de 22 dias com o diretor macho Budd Boetticher, e nunca mais teve que se preocupar com dinheiro. A moça ainda está viva e bem, embora, obviamente, não tão bem quanto nas fotos acima.

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