novembro 29, 2012
Submissão
Um beliscão, diz a tradição:
a dor acorda o sonhador
Mostra a ele que o mundo existe
A queimadura do cigarro
o câncer do pulmão
a bronquite, o enfisema
são a prova de que a chama arde
dentro do seu corpo
A morte é a prova de nossa vida
A lápide a evidência inegável
Por isso no fundo não acreditamos
em beijos e poemas de amor
Preferimos a discussão, o ciúme
o rancor, o ressentimento
A penetração profunda, o peso desconfortável
O bafo asfixiante o cabelo desgrenhado
E o orgasmo lubrificado
da irritação das mucosas.
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novembro 28, 2012
novembro 27, 2012
novembro 24, 2012
O Fim das Armas de Tiro Único
Leia aqui o capítulo anterior
A bala Minié era ogival, ou seja, tinha aquela forma algo cônica que se usa até hoje, o que lhe dava já uma certa vantagem aerodinâmica. Quando as munições eram fabricadas no próprio campo de batalha, com moldes esféricos de metal onde se jogava o chumbo derretido, não era prático usar esse tipo de munição, mas a revolução industrial e a produção em massa acabaram com isso. A Minié tinha também uma concavidade na base. Assim, quando a pólvora deflagrava, os gases em expansão eram coletados por essa depressão e pressionavam o chumbo no centro, fazendo a bala dar uma “engordada”, como os personagens de desenho animado quando pegam um elevador que sobe muito rápido.
Com esses pneuzinhos na cintura (munições de verdade têm curvas!), a Minié se agarrava às paredes do cano e às estrias e ganhavam o tão desejado movimento rotatório. Podendo haver uma folga na hora de carregar a bala pela boca, a recarga era também mais rápida. Esse revolucionário desenho conquistou os generais do mundo inteiro e libertou o atirador de elite escondido que muitos infantes carregavam na alma. Tão bem sucedido foi esse conceito que até hoje as balas têm essa concavidade.
A concavidade da bala Minié - um detalhe que Steve Jobs assinaria
Mas outras impraticidades contribuíam para fazer da baioneta ainda a arma principal da infantaria. A complicada carga pela boca era estressante e lenta. A rotina envolvia os seguintes passos:
1. Derramar a pólvora no cano;
2. Puxar a vareta embaixo do cano e socar a pólvora;
3. Botar a bala no cano e, com a outra ponta da vareta, forçá-la mosquete abaixo;
4. Encaixar a vareta no lugar;
5. Engatilhar o cão;
6. Botar uma cápsula na fornalha;
7. Mirar;
8. Disparar;
9. Pegar a vareta e usá-la para limpar os resíduos de pólvora negra do cano - passo muito importante, pois o cano poderia ficar obstruído por fuligem depois de alguns tiros e explodir, sem o procedimento.
Toda a operação era complicada, trabalhosa e nervosa, já que outro vivente estava tentando fazer o atirador se chamar saudade durante todos esses passos. No afã de facilitar a coisa, os exércitos começaram no século XVIII a usar cartuchos de papel. A quantidade de pólvora a ser derramada pelo cano era embrulhada numa ponta; no meio, vinha a bala e, na outra ponta, menos pólvora, para ser derramada na fornalha, o que se tornou obsoleto quando se passou a usar cápsulas em vez de um mecanismo de pederneira para originar a faísca que dispara a carga no cano. Antes desse cartucho, o soldado tinha que pegar seu polvorinho, aquele chifre que servia para guardar a pólvora negra que certamente o leitor do blogue já viu em filmes ou desenhos animados.
Para rasgar o papel do cartucho enquanto segurava a arma, o mosqueteiro tinha que usar os dentes; falta de dentição adequada para este procedimento era motivo de dispensa do serviço militar. O papel envolvendo a bala era usado na carga e servia para pressioná-la contra o cano (mesmo sem estrias, quanto mais justa a munição, menos ela “ricocheteava” em seu caminho pelo mosquete e mais reta saía). continua...
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novembro 22, 2012
novembro 20, 2012
Edifícios Fast-Food
Na China, um vídeo acelerado mostra como foi construído um hotel de 30 andares... em 15 dias!!!!!
A mesma empresa agora ameaça erigir o maior prédio do mundo, com 220 andares e 838 metros, em apenas 90 dias. Sim, três meses. Segundo eles, dá pra construir cinco andares POR DIA!!!!!
Se isso for verdade... bem, a próxima Copa no Brasil vai gerar muito menos confusão.
novembro 18, 2012
Eles Estão Entre Nós II
Finalmente vi os alienígenas provavelmente responsáveis por desintegrar uma moça na Lapa! No entanto, só eu parecia ciente da presença daqueles estranhos seres roxos no Aterro. Poderes telepáticos?
Garças
Essas duas acima são do Aterro. A de baixo é da Praça XV, a Débora.
Débora parece meio perdida, mas é porque ainda está se recuperando de uma vassourada que levou de um zelador do Museu Histórico Nacional. Um vendedor de cachorro-quente da Praça XV costumava jogar salsichas pra ela, mas ela não apreciava o gosto. Mas o Museu ali em frente tem um laguinho com barrigudinhos.
Provavelmente esse laguinho aí. Débora aprendeu então a picar a salsicha e a usar como engodo (como isca) pra trazer os peixinhos até perto dela e então comê-los. Um dos zeladores do Museu não gostou quando a viu fazendo isso e deu-lhe uma vassourada, o que a deixou mais terrestre do que aérea há um bom tempo. Mas ela já se recuperou, pra alegria do povo frequentador da área, que a conhece há 11 anos.
A história foi cortesia do Alberto, esse de boné vermelho aí em cima.
novembro 17, 2012
novembro 13, 2012
novembro 10, 2012
Segundo o Homem-Mola, o Cristóvão no próximo jogo do Vasco vai chegar assim que o portão abrir, ficar bem na boca da entrada das arquibancadas e, a cada torcedor que entrar, vai gritar "Burro! Burro! Burro!"
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