julho 30, 2009

Padronagem


Extrañando Uruguay




Parece que eles não entenderam direito o conceito de "delegacia" na República Oriental...


Tudo que existe
é um chiste
Pensou o rimador
Imerso em sua dor

Descontração
















Tu te Tornas Aquilo que Desprezas

http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u601611.shtml

Piada de Danilo Gentili não teve graça, diz Hélio de La Peñada Folha OnlineO integrante do "Casseta & Planeta" (Globo) Hélio de La Peña decidiu entrar na polêmica da semana no Twitter. Em um texto intitulado "A coisa ficou afrodescendente para o humor negro", o humorista carioca afirmou que a piada de Danilo Gentili relacionando jogadores de futebol com King Kong não teve graça. O post foi divulgado em seu perfil (twitter.com/Lapena)."King Kong, um macaco que, depois que vai para a cidade e fica famoso, pega uma loira. Quem ele acha que é? Jogador de futebol?" A frase foi postada por Danilo Gentili, do "CQC" (Band), entre a madrugada de sábado (25) para domingo no serviço de microblogs."Não tenho problemas com piadas de qualquer natureza, desde que elas sejam engraçadas. Não foi o caso", escreveu La Peña. "Associar o homem preto a um macaco não é novidade no anedotário e causa desconforto aos homens pretos.""Se alguma vez você sofreu discriminação racial, sabe o quanto isso é desagradável", disse Hélio de La Peña sobre piada de GentiliEmbora tenha avaliado negativamente a piada do colega, o "casseta" discordou que o melhor caminho nestes casos seja o judicial."Acho exagero imolar o humorista em praça pública. Processo é bobagem. Danilo não apontou o dedo na cara de nenhum preto e disse 'olha aqui, seu macaco.' Ele fez uma piada, quem não gostou expôs sua opinião. Eu não gostei."Segundo a assessoria de imprensa do MPF-SP (Ministério Público Federal de São Paulo), a mensagem de Gentili foi encaminhada a um procurador, que vai apurar se houve ou não racismo. A ONG Afrobras também se posicionou contra o "repórter inexperiente". "Nos próximos dias devemos fazer uma carta de repúdio. Estamos avaliando ainda [entrar com] uma representação criminal", disse José Vicente, presidente da ONG.De acordo com Hélio de La Peña, "se alguma vez você sofreu discriminação racial, sabe o quanto isso é desagradável. Esta é a razão deste tipo de piada bater na trave".À Folha Online, na noite de ontem, o humorista do "CQC" disse estar "disposto a pedir perdão a qualquer pessoa que se ofendeu sobre qualquer assunto em qualquer coisa que eu disse". "Quanto a apagar os tweets, não apago, não. Porque eu realmente disse aquilo. Não consigo ainda entender qual o problema com eles, mas se alguém viu problema, que me perdoe. Eu realmente disse aquilo."

Momento de Reflexão

A Imortalidade é o Movimento Retilíneo Uniforme do Universo.

Plástico de Carro

Não existem finais felizes.
Porque na verdade nada nunca termina.
(Neil Gaiman - para)

Felipe Massa Acorda, Abre o Olho Esquerdo e Começa a Falar em Três Línguas IV

Entra ano, sai ano, e o Rubinho continua ajudando o Schumacher.

Felipe Massa Acorda, Abre o Olho Esquerdo e Começa a Falar em Três Línguas III

Rubinho, para animá-lo, começa a cantarolar:

É quando o vento sacode a cabeleira
A trança toda vermelha
Um olho cego vagueia procurando por um

Felipe Massa Acorda, Abre o Olho Esquerdo e Começa a Falar em Três Línguas II

"Rubinho son of a bitch!!"
"Rubinho hijo de una puta!!"
"Rubinho fil de salope!!"

Felipe Massa Acorda, Abre o Olho Esquerdo e Começa a Falar em Três Línguas

Em seguida chamaram o exorcista.

(Luiz Bello)

julho 21, 2009

A Fronteira Final - A Primeira Temporada de JORNADA NAS ESTRELAS - A série clássica



Demônio da Escuridão

Anteriormente: Corte Marcial


Depois de muita doideira, de encarar a inteligência artificial, o medo de envelhecer, velhas mágoas e ressentimentos, as neuroses que se escondem por trás de um comportamento profissional, as fronteiras entre realidade e percepção e até mesmo um submarino espacial, a galera da Enterprise repete a situação da estreia com outro monstro alienígena assassino. Mas desta vez ele não tem a aparência de belas mulheres e grandes amores do passado. Este, afinal, é o episódio em que no meio do caminho de Kirk e seus comandados tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho deles, uma pedra no meio do caminho deles tinha.



Num planeta que é um gigantesco depósito de minerais, mas difícil de explorar, equipamento começa a ser roubado e depois mineiros começam a virar cinzas fumegantes. A Enterprise chega para investigar, já que precisam dos recursos estratégicos de lá e logo um sujeito de camisa vermelha vira uma manchinha no chão. A caça aperta, Kirk e Spock descobrem que a criatura paece um rochedo vivo e é preciso muito, mas muito phaser para feri-la.



Mas eles não têm nem muito tempo pra comemorar que pelo menos dá pra ferir o monstro, já que ele rouba uma peça vital para o sistema de suporte de vida e começa mais uma corrida do povo da Fronta Estelar contra o tempo. O alienígena secreta um superácido que o faz atravessar rocha sólida como se fosse ar, fazendo túneis instantâneos. E é num deles que Kirk encontra a criatura. Só que em vez de atirar, senta pra conversar e descobre a verdade por trás daquele pedrão.



É claro que o monstro não conversa, mas Kirk e ele ficam se estudando e Spock faz uma fusão mental e descobre tudo: os mineradores chegaram a uma câmara onde está o ninho com os ovos da criatura, que foram tomados por pedrinhas e destruídas de montão e, por isso, depois de 50 anos, ele começou a sabotar a exploração. A muito custo Kirk consegue pacificar os mineiros, mas ainda assim, ferida pelos phasers, a mamãe alienígena agoniza e não terá como criar sua ninhada, extinguindo sua raça. Até que McCoy a cura com... concreto.

Sim, concreto. Porque o bicho é um pedrão mesmo. Explorando verdadeiros conceitos especulativos de ficção científica, Gene L. Coon imaginou uma criatura baseada em silício, a única outra substância tetravalente como o carbono de que somos feitos. E em plena época de Guerra Fria, Coon, ex-marine que lutou quatro anos na II Guerra e fez parte das tropas de ocupação da China e do Japão, subverte os clichês de alienígena assassino para jogar a culpa nos aparentes mocinhos, que, sem saber nada de onde estavam se metendo, saíram destruindo toda uma raça inteligente e pacífica. Além, é claro, da consciência ecológica. Para se ver o quanto isso ia contra a ideologia da época, basta lembrar que no primeiro episódio, o próprio povo da Enterprise não hesita em vaporizar um último representante de outra espécie, sem dó nem piedade.

É que na época Gene L. Coon ainda não havia se juntado ao programa, o que faria no meio da primeira temporada. Seria ele quem criaria os klingons, a Diretriz Primária (que todo mundo traduz errado como Primeira Diretriz) e daria à série sua verdadeira essência, com um pacifismo bem mais zen do que o do positivista Roddenberry. Comparando-se com os primeiros episódios, os do final do ano são muito menos conservadores e consideravelmente mais antiestablishment. A próxima historinha escrita por Coon, “Missão de Misericórdia”, seria consideravelmente mais subversiva.

Mas, embora Coon tenha contribuído com o conceito especulativo e a visão progressista de alteridade em plena Guerra Fria, de entender o “outro”, que tornaram este um dos episódios mais conhecidos, como “aquele da criatura de silício”, ele também adicionou ao universo trekkie uma faceta mais juvenil. Mais ou menos a partir de sua chegada, os personagens secundários da ponte vão sumindo dos roteiros e sendo relegados a meros objetos funcionais, coadjuvando apenas quando a ação pede mais uma pessoa que não vá morrer. Por esta altura da temporada a bunda da ordenança e seu relacionamento não consumado com o capitão Kirk já haviam desaparecido. Não mais veríamos cenas como a conversa de Janice e Sulu nos aposentos dele ou Uhura cantando na sala de recreação.

Ao mesmo tempo, Spock, McCoy e Kirk começariam cada vez mais a comportar-se como moleques de quinze anos, amigos que vivem curtindo um com a cara do outro. Spock, que nos primeiros episódios chegava a sugerir matarem logo um velho amigo de infância do capitão, cada vez mais age como um pirralho querendo parecer superior e tirando uma onda com o médico com a história de não ter emoções, quando é cada vez mais aparente que ele está se divertindo com a história toda.

Assim, ao mesmo tempo que as histórias começariam a ficar cada vez mais instigantes e interessantes, com o pacifismo e a visão quase zen de Coon, que fazia a redação final de todos os scripts, dominando cada vez mais, também sumiria o tom mais adulto que Roddenberry queria para a série e ela se tornaria cada vez mais juvenil. A sisudez conservadora viraria um seriado com mais ação tradicional (embora com ideias mais provocantes) mais voltado à garotada, até mesmo por causa da canastrice dos atores principais.

Na verdade, a visão original de Roddenberry provavelmente foi melhor servida pela Nova Geração, com seu ensemble bem maior de personagens, todos eles com personalidades e passado bem melhor desenvolvidos, e menos ênfase em ação e maior em relacionamentos (uma obsessão da tevê que começou naquela época e vem até hoje).

O que só prova que inteligência não necessariamente precisa de solenidade e sisudez, e pode ser tão divertida quanto um velho seriado.

Digno de nota:

- Contagem de corpos: “mais de 50 mineiros”, conforme declinado pelo capataz, e milhares e milhares de filhotes de “horta”. Em cena vemos um mineiro e um tripulante da Enterprise, que, ao ver o alienígena correndo pra ele, grita e nem ao menos saca o phaser. E esse cara é da equipe de segurança?
- Avistamentos de Tenente Leslie: Ele está na equipe de segurança que desce para procurar o alienígena.
- Mantendo a ênfase em multiculturalismo, a equipe de segurança é liderada por um ítalo-americano e tem um hispânico.
- Mais tarde, segundo livros e quadrinhos, os hortas se associariam à Federação, pilotando naves recheadas de rochas. Um deles apareceria no tribunal de “Star Trek IV”, mas não ficaram prontos a tempo.

A Seguir: Um planeta onde todos são obrigados a participar de uma suruba quando bate... A Hora Rubra!

Um Celular com Câmera no Itamaraty III


Plástico de Carro

O que pensa o mármore quando o esculpem?
Atacam-me, depredam-me, destróem-me...
(Jean Cocteau)

Um Celular com Câmera no Itamaraty II

Depois os diplomatas reclamam quando fazemos piadinhas sobre suas preferências sexuais. Olha só de quem tem um quadro gigantesco no Itamaraty:



Não sacaram? Então olhaí o grande feito dele, conforme a plaquinha no quadro.



Pelo menos ele é corajoso em assumir...

Um Celular com Câmera no Itamaraty I

No lançamento do livro do pai do Sílvio. Olha ele e o irmãzão Carlos aí...

Um Celular com Câmera na Rua da Passagem



julho 15, 2009

Respeito é Bom e Eu Gosto

Sob uma ótica científica (se é que se pode chamar qualquer ramo de ciências humanas como “ciência”), o enorme valor do dinheiro é a sua conversibilidade. Conversibilidade em sobrevivência dos seus genes. Com ele se pode conseguir melhores refeições, melhor atendimento médico, melhor educação para as crias, essas coisas todas. Sem contar que você pode comprar os bons genes de uma Mulher Samambaia, Mulher Moranguinho, ou outra exibição viva e ambulante de boa genética.

Mas dinheiro não é o único e talvez não seja sequer o mais importante dos recursos conversíveis na luta humana pela sobrevivência. Os cientistas (sim, sim, eles se chamam assim) que estudam redes neurais, teoria dos jogos e afins têm um experimento muito interessante, um jogo envolvendo dois sujeitos, uma nota de 1.000 dólares e um bando de sujeitos de guarda-pó e prancheta fazendo anotações.

O jogo consiste no seguinte. Pega-se os dois viventes e entrega-se a um deles a valiosa nota. Só que pra ficar com ela, ele deve entretanto comprar o consentimento do outro. Ele pode oferecer qualquer quantia entre 1 e 999 dólares pro outro sujeito; se ele aceitar, o cara com a bufunfa solta a parte acordada da grana pro cara e embolsa o resto. Se a oferta não for aceita, nenhum dos dois fica com a nota.

Ora, dita a lógica convencional que o caboclo com a nota deve maximizar seus lucros e oferecer 1 dólar ao outro, que aceitaria a proposta porque 1 dólar é melhor do que a alternativa, zero centavos. No entanto, repetições e mais repetições deste pequeno experimento levaram à conclusão que não é bem assim. Normalmente, qualquer oferta abaixo de 20% do valor não é aceita e os dois acabam de mãos vazias e se perguntando qual mente doentia os tirou da rua e lhes ofereceu um sanduíche só pra essa babaquice.

Durante muito tempo o resultado desse jogo intrigou os cientistas (lá vamos nós de novo). Até que surgiram novas idéias na teoria dos jogos. O sujeito que recusa a oferta e acaba sem nem ao menos 1 dólar na verdade está comprando outro recurso valiosíssimo: respeito.

Respeito frente aos olhos dos outros é valiosíssimo em sociedade. A única razão pela qual ainda existe uma imprensa profissional ou por que você faz tudo o que seu médico manda. Porque você os respeita, porque eles têm credibilidade. Isso é bastante visível em jogos de futebol, quando times sem torcida ou tradição apequenam-se frente às equipes grandes. O respeito foi a razão pela qual os americanos entregaram a final da Copa das Confederações para a gente depois de estarem ganhando por 2 a 0.

Tudo isso me veio à cabeça por causa desta matéria na Wired, explicando que a Internet está desmentindo a frase lapidar de Milton Friedman, conceito angular de seu libertarianismo: “não existe almoço grátis”. Não parece ser o caso de coisas como a wikipedia, ou o “freecycle”, quando você dá uma coisa velha em vez de vendê-la ou guardá-la não implicam em nenhuma perspectiva de lucro, ao contrário de operações como o Google, que vivem de publicidade às vezes sub-reptícia, ou da Microsoft entregando o Explorer grátis com o Windows para esmagar o Netscape.

Já a Internet, de acordo com o que pensa o autor da matéria, pode ser simplesmente um dos maiores geradores de respeito, transformando-o talvez definitivamente em um bem mais comum e valioso do que dinheiro. Pense por exemplo nas legiões de nerds hackers que criam para nós valioso software grátis, como o BrOffice em que estou digitando esta postagem neste momento, ou os programinhas mil que você pode baixar realmente de graça. Eles estão construindo sua credibilidade como programadores que pode render desde um emprego a palestras, ou melhor, mulheres que se sentem atraídas por caras inteligentes e querem dar pra eles. Afinal, diz ou não a ciência que a meta final é a perpetuação dos genes?

julho 13, 2009

Amor Elementar

Conte-me uma chuva
Macia, fina
Um pouco melancólica
E envolvente

Beije-me uma tempestade
Um temporal de verão
O sabor da grama molhada
O cheiro do ozônio
Os raios estourando
O ar abundando de água

Até que a terra encharcada
Seja uma lama indistinta de nossos pés
Uma úmida pasta de pó, planeta
E restos de mortos enterrados

E nós o fogo

Entusiastas da Fotografia de Todo o Mundo...

... um minuto de silêncio pelo fim do Kodachrome.

julho 05, 2009

Sacanagem

Um filme sobre o Zico feito pelo PAULO ROSSIO só pode ser sacanagem.

A Fronteira Final - Um Olhar sobre Jornada nas Estrelas


Olhar voyeurístico, diga-se de passagem. Cem anos antes do Capitão Kirk, já havia uma nave chamada ENTERPRISE. E o vulcano residente era fêmea, gostosa, e disposta a pesquisar a sexualidade humana. Uau, eu não sabia que cenas dessa já podiam passar na tevê. Tudo bem que a série original do Gene sempre tinha mulheres gostosas com roupa futurista e parca, mas isso aí deve ter ocupado as mentes vazias de interação social dos nerds por semanas.

Essa vulcana gostosa era feita por uma ex-modelo, que, ao contrário do que eu pensava, ficava mais bonita com esse cabelinho horrível do que com aquele dos tempos de passarela. Parece o papel perfeito para uma ex-top model, uma vulcana - não precisa demonstrar emoções. Mas nem assim ela conseguiu emplacar. O que fazer, nem todo mundo tem o senso de humor do Leonard Nimoy.

Guerra Fria, Casamento e Esclerose Lateral Amiotrófica

Ano passado estávamos eu e Toinho conversando com uma estudante da ECO de 19 anos e começamos a falar de séries de tevê, que nós mais velhos não assistíamos mais, já que hoje pra você ver um enlatado tem que fazer um curso de introdução pra saber a história toda, a qual, aliás, só vai se completar depois de um "arco" de 150 episódios ou coisa parecida. Nossa teoria é que essa era uma das vantagens da Guerra Fria - que a Rússia então ameaçava trazer de volta, quando o Bush repreendeu a briga dela com a Geórgia: como ninguém antigamente sabia se o mundo ainda ia existir na próxima semana, não tinha essa coisa de "to be continued" ao final de cada episódio de seriado.

Lembrei disso apenas porque estava lendo sobre Stephen Hawking, que teve sua doença degenerativa diagnosticada pouco antes de se casar pela primeira vez. Anos depois, indagada por que havia se casado com alguém com uma expectativa de vida de entre dois a três anos, Jane respondeu: "eram os anos do auge da paranoia atômica. Nenhum de nós esperava viver muito mesmo".

Transformers

Sabe-se lá o porquê, Transformers 2 estourou nas bilheterias. O primeiro filme já era ruim (vi uns trechos na tevê), diz que esse é pior ainda. Ninguém entende nada das cenas de ação, só que tem um monte de sucata se mexendo muito rápido. Mas que fazer, a garotada gosta...

O desenho original dos anos 80 já era muito fraquinho. Surgiu numa época de transição. "He-Man", apesar de sua infantilidade e de ser o primeiro desenho de sucesso criado para vender brinquedinhos, havia demonstrado algo que nós crianças da época e os programadores que compravam animês pro Capitão Aza estavam carecas de saber: que existia um mercado para desenhos animados de aventura e fantasia. O surgimento dos microcomputadores e a mão de obra barata no Oriente haviam cortado os custos que tornavam esse tipo de produção quase impraticável. Mas a onda dos educadores de então condenava a violência em programas para crianças, daí ninguém nunca morrer em Etérnia, e até mesmo o vilão, o Esqueleto, nunca ter sido exatamente um monstro assustador. Parecia mais uma brincadeira mesmo, o amiguinho que foi sorteado pra fazer papel de mau.

Foi no rastro disso que apareceram outros desenhos de aventura e merchandising: Comandos em Ação, Transformers e Thundercats. O primeiro tinha dois exércitos armados até os dentes entrando em batalha toda semana e ninguém morria (boceeeeeeejo) e o terceiro era o melhorzinho, até porque seu vilão imortal, Munn-Ra, pelo menos tinha voz e pose de mau, embora também nunca ninguém sofresse de verdade em suas mãos. Mas o pior de todos era Transformers mesmo. Com seus amigos adolescentes humanos eles eram um retrocesso aos péssimos desenhos de aventura de Hal Sutherland dos anos 70, antes deles evoluírem até "He-Man".

O problema é que no meio dos anos 80 o brinquedo mais vendido do mundo eram robôs que se transformavam em carrinhos. Eu realmente nunca entendi a lógica de, se você fosse um robô gigante de dez metros de altura, capaz de destruir tanques com os punhos e derrubar edifícios com as mãos nuas, por que cargas d'água iria querer virar um caminhão, ou mesmo um Fusca. Os decepticons pelo menos metamorfoseavam-se em aviões e podiam voar, mas qual a vantagem de sair rodando em estradas quando correr com pernas gigantes deve dar o mesmo efeito e ainda por cima funcionar em qualquer terreno?

O conceito de robôs vivos não era de todo ruim e nos anos 90 Transformers Beast Wars mostraria isso. Mas aí já tinha havido a explosão da tevê a cabo nos EUA, que não precisava seguir as convenções dos canais abertos e haviam importado os violentíssimos animês japoneses, que tinham causado tanto furor que os americanos se viram obrigados a reintroduzir porradaria de verdade e morte em seus desenhos. Curiosamente, o primeiro transformer que eu conheci foi O PIRATA DO ESPAÇO, uma animação japa que a Tv Manchete passava no programa original da Xuxa, no começo da década de 80, quando começou suas transmissões.

PIRATA DO ESPAÇO era o contrário de Transformers, era uma nave que virava robô gigante. Ela não tinha consciência como os autobôs, era apenas um veículo que precisava de pilotos espaciais e era a única arma da Terra contra invasores que tinham montes desse tipo de espaçonaves-robô, mas só mandava uma de cada vez, dando chance pros terráqueos lidarem com eles. Também sempre me preocupou como os terráqueos consertavam o Pirata do Espaço após cada batalha, já que não tinham a tecnologia pra construir um, mas roteiristas japoneses nunca se guiaram muito pela lógica (salvo em raras exceções, como no brilhantíssimo animê que a Manchete também passou, o PATRULHA ESTELAR).

De qualquer forma, o que fazer, robôs gigantes que viram carrinhos e aviões são realmente tremendos brinquedos, embora péssimos personagens de cinema. É sintomático, entretanto, notar que a adaptação para os quadrinhos, da linha infantil da Marvel nos anos 80, mostrasse mortes entre os Transformers - Até Optimus Prime morreu. Criança adora um melodrama violento e por isso que os animês nos cativam tanto desde o primeiro Cyborg 009 e os ralis genocidas de Speed Racer.

julho 01, 2009

Um Celular com Câmera na Rua Gonçalves Lêdo




Piada de Português à Vera

Dúvida Futebolística

Será melhor tentar ganhar da Argentina em Buenos Aires, o que não é garantido, pra tirar logo eles da Copa - o que também não é garantido mesmo com uma derrota acachapante - ou entregar o jogo pra garantir que o Maradona continue como técnico portenho até a Copa do Mundo e afunde as chances de Messi?

Plástico de Carro

Whatever doesn´t kill us make us stranger.