Atravesse o deserto
Com os dentes
Cada grão de areia quente
Um inimigo
Sob pés descalços
Em fúria esmagando-os
E a poeira e o calor
Só aumentam a raiva
fevereiro 24, 2011
fevereiro 21, 2011
fevereiro 14, 2011
fevereiro 13, 2011
Um Celular com Câmera
fevereiro 12, 2011
O Álbum de Fotos de um Psicopata Assassino Serial
A polícia americana acaba de liberar um lote de 120 fotos de pessoas não identificadas do sujeito acima, Rodney Alcala, condenado à morte pelo assassinato de cinco mulheres, que começou sua carreira estuprando uma menina de 8 anos em 1968.
Os tiras gringos estão preocupados em tentar descobrir outras vítimas dele, mas é o nosso voyeurismo que torna os retratos morbidamente fascinantes. As fotos ganham uma atmosfera muito mais macabra exatamente por serem BOAS fotos, alternando entre o instantâneo, o romantismo e o erotismo.
A qualidade das fotos e a aparente empatia entre o fotógrafo e os modelos nos leva indubitavelmente ao velho clich~e de que o talento artístico está muito próximo da loucura. Mas onde exatamente fica a fronteira e o quê, exatamente, faz a diferença entre um e outro? Pra complicar ainda mais a coisa, parece piada, mas Rodney Alcala foi aluno de cinema de... Roman Polanski(1).
As cento e vinte fotos liberadas estão disponíveis saltando pra este saite.
(1) O Roman Polanski tem uma COMÉDIA, "Quê?" que começa com uma tentativa de estupro, que por sua vez leva a protagonista (Sidney Rome aos 21 aninhos!!!!) a ficar andando nua por boa parte do filme. A casa onde ela se refugia está cheia de pervertidos sexuais, mas tudo é tão obviamente gozação que não há nada de tão perturbador assim. Será o senso de humor o segredo?
fevereiro 10, 2011
fevereiro 09, 2011
A Distribuidora de Panfletos
Inacreditavelmente Original!!!!!
Um Celular com Câmera
A-deus Dun-ga A-deus Dun-ga
O Brasil ficou o primeiro tempo todo com a bola no pé e quem quase marcou gol foi a França. Mau sinal, isso remete à Armandolandia. Depois, a alegria do verdadeiro futebol brasileiro subiu à cabeça do Hernanes, ele foi expulso e tomamos outro passeio daquele país que os jogos contra o Brasil inventaram como potência do balípodo.
E ainda por cima temos que ficar ouvindo os locutores elogiando a nova postura da seleção brasileira. Legal, aí, já temos time pro Mundial de pilates. Enquanto isso, em dois jogos contra times grandes, duas derrotas.
E por falar em jogos contra times bons, quando é que o Neymar, o homem que teria ganho a Copa do Mundo se o Dunga tivesse convocado, vai fazer alguma coisa em partida importante?
Esclarecimento: o blogueiro também está torcendo por e leva fé em Neymar, mas acha que ele ainda está naquela fase de promessa. Precisa aprender a manter a cabeça em momentos decisivos, a jogar contra forte marcação individual, quando tiver pouco espaço e poucas chances para criar. Kaká realmente só subiu de nível quando foi jogar lá fora. Por enquanto o garoto do mohauk do Santos sempre deixou tudo pro Ganso e pro Robinho na hora da verdade...
E ainda por cima temos que ficar ouvindo os locutores elogiando a nova postura da seleção brasileira. Legal, aí, já temos time pro Mundial de pilates. Enquanto isso, em dois jogos contra times grandes, duas derrotas.
E por falar em jogos contra times bons, quando é que o Neymar, o homem que teria ganho a Copa do Mundo se o Dunga tivesse convocado, vai fazer alguma coisa em partida importante?
Esclarecimento: o blogueiro também está torcendo por e leva fé em Neymar, mas acha que ele ainda está naquela fase de promessa. Precisa aprender a manter a cabeça em momentos decisivos, a jogar contra forte marcação individual, quando tiver pouco espaço e poucas chances para criar. Kaká realmente só subiu de nível quando foi jogar lá fora. Por enquanto o garoto do mohauk do Santos sempre deixou tudo pro Ganso e pro Robinho na hora da verdade...
fevereiro 08, 2011
O Sonho Acabou (Ou Não, Nicholas Negroponte?)
O Motorola Atrix, o celular que é um computador que é um celular, vai acabar sendo só mesmo mais um telefone. O grande atrativo do aparelho, à parte seu processador de dois núcleos de 1 ghz cada, eram as estações de docagem, que permitiriam transformá-lo num laptopzinho ou num computador de mesa, não vão fazer sucesso algum. Exatamente como eu havia temido nesta postagem, os preços das geringonças é o mesmo dos aparelhos com os quais compete, ou seja, ninguém vai se interessar pela coisa.
O preço do laptopzinho é de 500 dólares, ou seja, em real custaria 800 pratas, mais os impostos e o lucro do importador e vai fácil pra 1.500 merrecas e por essa grana dá pra comprar dois netbooks. E com disco rígido, várias portas USB e mais rápido, devido às placas dedicadas que não têm que dividir circuitos com telefones e usar como memória cartão micro SD. Comprando o celuba pela operadora, aprisionando-se a ela por dois anos, a estação de docagem sai por 300 dólares, ainda mais do que suficiente pra adquirir um netbook lá fora e ainda dá troco.
Até mesmo o suporte com saída HDMI e USB pra ligar o telefone num conjunto teclado/monitor/mouse está bem acima do que o consumidor vai estar a fim de pagar: a Motorola havia prometido que custaria 60 dólares, mas sua ganância falou mais alto e ao fim a engenhoca vai fazer parte de um kit com teclado e mouse e custar no total 190 dólares. Transformando em real e juntando o custo da importação, sai por 600 reais, mais do que suficiente pra comprar um computador sem monitor daqueles modelos básicos. Mas que ainda assim fazem bem mais do que o celular.
A graça da estação de docagem pra desktop era justamente aproveitar monitor, teclado e mouse velhos, daqueles que sobram quando você resolve comprar uma tela de LCD nova, ou um teclado sem fio, e ter mais um computador em casa, pra digitar texto, navegar pela internet e por mídia. Mas exatamente como eu havia falado, eles subestimaram sobremaneira a vontade das pessoas de ter esses bagulhos. Sai mais em conta você ter máquinas dedicadas pra cada uma dessas tarefas, a esse valor. Pelo jeito, essa primeira tentativa de convergência de processadores vai ter o mesmo destino do VHS que só tocava fitas, não gravava, e do adaptador pra transformar toca-fita de carro em aparelho de som da casa: o completo olvido. Valia a pena eles terem estudado o fenômeno do netbook, que trouxe ao consumidor algo que há aaaaaanos ele queria, uma máquina de escrever que acessava a internet. Enquanto isso, a cobiça dos sujeitos insistia em nos empurrar laptops completos, pros quais a maioria das pessoas não tinha um uso que compensasse o rombo que ele fazia no orçamento. Que hoje já não faz tanto, justamente pela concorrência do netbook.
Mas, peraí, comecei a elogiar o netbook e agora me lembrei da VERDADEIRA RAZÃO pela qual as empresas de informática finalmente desistiram de tentar nos fazer pagar uma fortuna por algo que a maioria de nós usaria apenas como máquina de escrever com acesso à Internet: o projeto ONE LAPTOP PER CHILD, do Nicholas Negroponte, uma ONG que partia do pressuposto de que a inclusão digital era fundamental para diminuir a desigualdade social e pretendia criar e distribuir pelo Terceiro Mundo computadores portáteis a um custo (que muitos achavam impossível) de 100 dólares. Justamente quando os primeiros protótipos começaram a sair da linha de montagem, a ASUS usou um conceito semelhante pros seus minilaptops. E, quando esse segmento de mercado começou a crescer à base do barato (na verdade, grátis) Linux, a Microsoft ressuscitou a contragosto o Windows XP. Na verdade, os herdeiros de Bill Gates estavam doidos pra enterrar logo esse sistema operacional pra empurrar pela nossa garganta o impopularíssimo Windows Vista, mas pra conter seu concorrente gratuito tiveram que buscar às pressas algo que rodasse em máquinas menos potentes. Foi preciso um trabalho de pesada maquiagem e marketing pra relançar o Vista como Windows 7 e ainda hoje montes de pessoas preferem o XP. Algumas que compram máquinas com o 7 simplesmente o retiram pra instalar o XP!
Ou seja, basicamente, a mudança de paradigma e de conceito não veio de nenhum dos gigantes da informática, mas de uma ONG sem fins lucrativos e sem tantos recursos assim pra pesquisa, mas que estava realmente preocupada em criar uma máquina mais barata e popular. Tá bom, depois é só liberar tudo que o progresso é inevitável... é sempre bom lembrar, afinal, que o computador foi criado por encomenda do exército pra calcular tabelas de artilharia... é sério! Mas isso fica pra depois, numa postagem sobre guerra e canhões.
O preço do laptopzinho é de 500 dólares, ou seja, em real custaria 800 pratas, mais os impostos e o lucro do importador e vai fácil pra 1.500 merrecas e por essa grana dá pra comprar dois netbooks. E com disco rígido, várias portas USB e mais rápido, devido às placas dedicadas que não têm que dividir circuitos com telefones e usar como memória cartão micro SD. Comprando o celuba pela operadora, aprisionando-se a ela por dois anos, a estação de docagem sai por 300 dólares, ainda mais do que suficiente pra adquirir um netbook lá fora e ainda dá troco.
Até mesmo o suporte com saída HDMI e USB pra ligar o telefone num conjunto teclado/monitor/mouse está bem acima do que o consumidor vai estar a fim de pagar: a Motorola havia prometido que custaria 60 dólares, mas sua ganância falou mais alto e ao fim a engenhoca vai fazer parte de um kit com teclado e mouse e custar no total 190 dólares. Transformando em real e juntando o custo da importação, sai por 600 reais, mais do que suficiente pra comprar um computador sem monitor daqueles modelos básicos. Mas que ainda assim fazem bem mais do que o celular.
A graça da estação de docagem pra desktop era justamente aproveitar monitor, teclado e mouse velhos, daqueles que sobram quando você resolve comprar uma tela de LCD nova, ou um teclado sem fio, e ter mais um computador em casa, pra digitar texto, navegar pela internet e por mídia. Mas exatamente como eu havia falado, eles subestimaram sobremaneira a vontade das pessoas de ter esses bagulhos. Sai mais em conta você ter máquinas dedicadas pra cada uma dessas tarefas, a esse valor. Pelo jeito, essa primeira tentativa de convergência de processadores vai ter o mesmo destino do VHS que só tocava fitas, não gravava, e do adaptador pra transformar toca-fita de carro em aparelho de som da casa: o completo olvido. Valia a pena eles terem estudado o fenômeno do netbook, que trouxe ao consumidor algo que há aaaaaanos ele queria, uma máquina de escrever que acessava a internet. Enquanto isso, a cobiça dos sujeitos insistia em nos empurrar laptops completos, pros quais a maioria das pessoas não tinha um uso que compensasse o rombo que ele fazia no orçamento. Que hoje já não faz tanto, justamente pela concorrência do netbook.
Mas, peraí, comecei a elogiar o netbook e agora me lembrei da VERDADEIRA RAZÃO pela qual as empresas de informática finalmente desistiram de tentar nos fazer pagar uma fortuna por algo que a maioria de nós usaria apenas como máquina de escrever com acesso à Internet: o projeto ONE LAPTOP PER CHILD, do Nicholas Negroponte, uma ONG que partia do pressuposto de que a inclusão digital era fundamental para diminuir a desigualdade social e pretendia criar e distribuir pelo Terceiro Mundo computadores portáteis a um custo (que muitos achavam impossível) de 100 dólares. Justamente quando os primeiros protótipos começaram a sair da linha de montagem, a ASUS usou um conceito semelhante pros seus minilaptops. E, quando esse segmento de mercado começou a crescer à base do barato (na verdade, grátis) Linux, a Microsoft ressuscitou a contragosto o Windows XP. Na verdade, os herdeiros de Bill Gates estavam doidos pra enterrar logo esse sistema operacional pra empurrar pela nossa garganta o impopularíssimo Windows Vista, mas pra conter seu concorrente gratuito tiveram que buscar às pressas algo que rodasse em máquinas menos potentes. Foi preciso um trabalho de pesada maquiagem e marketing pra relançar o Vista como Windows 7 e ainda hoje montes de pessoas preferem o XP. Algumas que compram máquinas com o 7 simplesmente o retiram pra instalar o XP!
Ou seja, basicamente, a mudança de paradigma e de conceito não veio de nenhum dos gigantes da informática, mas de uma ONG sem fins lucrativos e sem tantos recursos assim pra pesquisa, mas que estava realmente preocupada em criar uma máquina mais barata e popular. Tá bom, depois é só liberar tudo que o progresso é inevitável... é sempre bom lembrar, afinal, que o computador foi criado por encomenda do exército pra calcular tabelas de artilharia... é sério! Mas isso fica pra depois, numa postagem sobre guerra e canhões.
fevereiro 03, 2011
Acidente no Trampolim do Diabo
Durante muitos anos, acho que dos 30 aos 50 - pelo menos meu pai ainda pegou, ele me contava sobre ela, morava na Sambaíba quando ainda era lugar de pobre - teve corrida de baratinha no então chamado "Circuito da Gávea", que incluía a Visconde de Albuquerque, acho que a Praia do Leblon e a Niemeyer. Parece o tipo de prova que os organizadores de Speed Racer aprovariam, junto com a permissão para metralhadoras e lança-chamas nos carros.
Assim, acidentes aconteciam a granel. Aqui aparentemente o acidente na edição de 1935 que tomou a vida de Irineu Corrêa - vencedor no ano anterior - na primeira volta. A foto é simplesmente espetacular (e tremendamente macabra) e a nitidez dos detalhes chega a fazer desconfiar de Photoshop - embora já existisse a magnífica e lendária Leika, eu não sabia que já se vendiam filmes tão rápidos. Se bem que com o sol do Rio, fechar a objetiva e jogar a velocidade do obturador lá pra cima não é problema.
Repare que o sujeito bateu numa árvore (ainda pequena) da Visconde de Albuquerque na reta - alguém deve ter feito merda com ele. Repare o equipamento de segurança: um pequeno capacete de couro. Pelo menos se ele cair de cabeça amortece um pouco o impacto!
Existiam também acidentes menos funestos...
Eu sei que há pouco fiz uma postagem falando como hoje em dia todo mundo é paranóico com segurança, mas também o pessoal de antigamente não precisava exagerar. Uma curva mal feita aqui e, pelo menos hoje em dia, imediatamente cartas de leitores entupiriam os jornais falando que o prefeito só se importa em trazer turistas pra corrida, enquanto colunistas - alguns dos quais teriam brigado por um desses lugares privilegiados - fariam manchetes com "Tragédia previsível" e afins.
Engraçado, eu pensei que o Hotel Leblon, o primeiro hotel de encontros de algum nível, para a classe média, fosse dos anos 50, no máximo 40, já que imagino que as moças de bem não davam até então (ha, ha, ha). Será que antes ele era outra coisa?
E aqui, um pouco da corrida.
Assim, acidentes aconteciam a granel. Aqui aparentemente o acidente na edição de 1935 que tomou a vida de Irineu Corrêa - vencedor no ano anterior - na primeira volta. A foto é simplesmente espetacular (e tremendamente macabra) e a nitidez dos detalhes chega a fazer desconfiar de Photoshop - embora já existisse a magnífica e lendária Leika, eu não sabia que já se vendiam filmes tão rápidos. Se bem que com o sol do Rio, fechar a objetiva e jogar a velocidade do obturador lá pra cima não é problema.
Repare que o sujeito bateu numa árvore (ainda pequena) da Visconde de Albuquerque na reta - alguém deve ter feito merda com ele. Repare o equipamento de segurança: um pequeno capacete de couro. Pelo menos se ele cair de cabeça amortece um pouco o impacto!
Existiam também acidentes menos funestos...
Eu sei que há pouco fiz uma postagem falando como hoje em dia todo mundo é paranóico com segurança, mas também o pessoal de antigamente não precisava exagerar. Uma curva mal feita aqui e, pelo menos hoje em dia, imediatamente cartas de leitores entupiriam os jornais falando que o prefeito só se importa em trazer turistas pra corrida, enquanto colunistas - alguns dos quais teriam brigado por um desses lugares privilegiados - fariam manchetes com "Tragédia previsível" e afins.
Engraçado, eu pensei que o Hotel Leblon, o primeiro hotel de encontros de algum nível, para a classe média, fosse dos anos 50, no máximo 40, já que imagino que as moças de bem não davam até então (ha, ha, ha). Será que antes ele era outra coisa?
E aqui, um pouco da corrida.
Aplicativos Maneiros pra iPhone e iPod
Praquele pessoal que sempre disse que o vídeo jamais substituiria o filme (o que dizer então do vídeo digital) e que hoje tem em seu celular uma câmera de alta definição, saiu esse programinha, o Vintage 8mm, pra iPhone e iPod. E espero que chegue logo pro meu Android.
Um monte de programetos já dá esse ar retrô pra fotos de celuba. No meu Android eu uso o Retrocamera, que faz suas imagens simularem uma Polaroid, uma câmera de brinquedo, uma câmera alemã dos anos 40 e uma russa dos anos 60, além de uma caixa de papelão com um furo na frente. Mas vídeo exige maior poder de processamento, por isso que só estão aparecendo esses aplicativos agora.
Com o Vintage 8mm você pode adicionar riscos, arranhões, poeira, cores estouradas, cores esmaecidas com o tempo, decaindo pro magenta como o Eastmancolor adorava, com as altas-luzes piscando, mais erros de sincronia e pulos no portão do suposto projetor. É um barato pra gente que queira dar um ar antigo e retrô pras suas filmagens. Confira aí no vídeo abaixo.
Subscrever:
Mensagens (Atom)