Quem vai pra Costa Verde pode observar da estrada esta estrutura, de tão majestosamente desproporcionada que é. Durante anos vi aquela silhueta titânica e me perguntava se era uma prisão (não, nunca ouvi falar, e os muros são altos DEMAIS), ou uma fábrica importantíssima, até finalmente descobrir o que era. A foto não dá ideia de seu tamanho, tente clicar para ampliar para melhor apreender suas dimensões.
Infelizmente, não é possível visitar o hangar. Os guardas no portão, muito gentis, passaram-me o telefone de departamento de comunicação social, para, se me interessasse, ligar e tentar agendar um horário. Tentei pelo menos negociar uma entradinha para fotografar o monumento ao zepelim, o que levou o sentinela a chamar seu sargento, uma bela moça em seus vinte anos (que bom que o mundo muda!), que autorizou estes retratos.
Quando a linha aérea para o Rio foi inaugurada, os alemães pesquisaram qual o melhor lugar para o pouso do gigantesco Graf Zeppelin e chegaram à conclusão, analisando os ventos e terrenos disponíveis, que Santa Cruz seria o ideal, o que levou à construção do hangar visível bem ao fundo, atrás e à esquerda da foto acima, medindo 58 metros de altura (equivalente a um edifício de 19 andares) e largura por 274 metros, correspondente a quase três campos oficiais de futebol. Conforme a wikipédia, eram necessários potentíssimos motores elétricos para abrir suas portas de 80 toneladas (!!!)
O guarda fez questão de aparecer em pelo menos uma das fotos.
Mas o que mais deixa encucado o blogueiro é: se hoje em dia já é demorado e difícil chegar ao Centro de Santa Cruz, como então seria nos anos 30? Talvez a área fosse muito pouco habitada e a linha de trem funcionasse perfeitamente? Talvez houvesse um precursor de serviço de van que levaria os passageiros à Zona Sul? Ou eles eram precursores dos aventurosos turistas contemporâneos e queriam mais era conhecer favelas, samba e subúrbios?
O guarda fez questão de aparecer em pelo menos uma das fotos.
Mas o que mais deixa encucado o blogueiro é: se hoje em dia já é demorado e difícil chegar ao Centro de Santa Cruz, como então seria nos anos 30? Talvez a área fosse muito pouco habitada e a linha de trem funcionasse perfeitamente? Talvez houvesse um precursor de serviço de van que levaria os passageiros à Zona Sul? Ou eles eram precursores dos aventurosos turistas contemporâneos e queriam mais era conhecer favelas, samba e subúrbios?
Três quartos de século depois do último voo, tão potente era a imagem desse pantagruélico símbolo fálico voador que ainda hoje em Santa Cruz os nomes de logradouros e estabelecimentos que não fazem referência à Família Real (que tinha uma fazenda e casa lá) homenageiam o zepelim de vida breve e que por apenas nove vezes utilizou a maciça construção ainda hoje ereta e dominando o cenário do bairro da Zona Oeste carioca.
Sem comentários:
Enviar um comentário