Em 1998, visitei meu amigo João de Morais em Cachoeiro do Itapemirim. À época ele ainda dizia que seu endereço eletrônico era "João OITO ARROBAS itapemirim.com.br". Agora que chegou às dez arrobas, dessa época ele fala que era magro e não sabia.
Nessa estada regada a muita cachaça e petiscos gordurosos, ele me levou obviamente ao principal ponto turístico da cidade, que permaneceu preservado mesmo após a desativação da linha de trem da região: o lugar onde o Rei sofreu o acidente que o marcou pela vida toda.
Dizem que na ocasião ele foi salvo por um mendigo, que ganhou de presente uma casa quando o Rei ficou famoso. Meu pai - que tinha, antes de uma loja de presentes, uma firminha de marcenaria que era subempreitada para reformas e decorações - foi contratado quando o Roberto comprou seu primeiro apartamento na Urca e sempre que ele aparecia na obra, vinha contar histórias para a minha mãe, que era uma louca fã do ídolo da Jovem Guarda. Guardo poucas, entre elas a de que seu Luiz achava ele gente boa e ele tinha uma boca bem mais suja quando conversando com peões e marceneiros, e de que a cama dele tinha uma gaveta especial para a perna.
3 comentários:
Grande esforço de reportagem !
Mas o Rei sofreu o acidente naquela ponte ? Pensei que ele estivesse saindo da escola ou algo parecido.
É que justamente o povo gostava de cortar caminho pela ponte do trem.
pensei que o monumento era a barriga cabra!
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