Funeral Blues
Este poema ficou famoso por ser declamado na cena de enterro de "Quatro Casamentos e um Funeral" e todo mundo já o ouviu, mas vale a pena lê-lo de novo. O autor é W. H. Auden. A pobre tradução é minha mesma; abaixo dela, o original.
Parem todos os relógios, desliguem os telefones
Dêem um suculento osso ao cão para ele não latir
Silenciem os pianos e, com os tambores abafados,
Tragam o caixão, deixem as carpideiras entrar
Ponham aeroplanos a voar zumbindo no céu
Escrevendo Ele Está Morto
Ponham fitas de crepe no pescoço dos pombos de rua
E façam os policiais usar luvas de algodão branco
Ele era meu Norte, meu Sul, meu Leste e Oeste
Minha semana de trabalho, minha folga de domingo
Meu dia, minha noite, minha voz, minha canção
Eu pensava que o amor duraria para sempre; eu estava errado
As estrelas são indesejadas agora; apaguem todas
Empacotem a Lua e desmontem o Sol
Esvaziem os oceans e varram as florestas
Pois nada mais agora pode trazer algum bem
Stop all the clocks, cut off the telephone,
Prevent the dog from barking with a juicy bone,
Silence the pianos and with muffled drum
Bring out the coffin, let the mourners come.
Let aeroplanes circle moaning overhead
Scribbling on the sky the message He is Dead.
Put crepe bows round the white necks of the public doves,
Let the traffic policemen wear black cotton gloves.
He was my North, my South, my East and West,
My working week and my Sunday rest,
My noon, my midnight, my talk, my song;
I thought that love would last forever: I was wrong.
The stars are not wanted now; put out every one,
Pack up the moon and dismantle the sun,
Pour away the ocean and sweep up the woods;
For nothing now can ever come to any good.
abril 17, 2008
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