É meio ridículo organizações judaicas protestarem contra o Max Mosley porque ele, em sua intimidade, paga a prostitutas para se vestirem de nazistas e o humilharem. Em primeiro lugar, o que ele faz em bordéis de luxo é da conta só dele. Em segundo lugar, pornografia com iconografia nazista é um velhíssimo clichê (e já rendeu até filmes cabeça como O PORTEIRO DA NOITE). Até porque nazistas da SS evocam imediatamente um sadismo em sua forma mais pura e cruel, um sadismo niilista, uma maldade irretocável, perfeito para humilhar velhos tarados.
Uma garota de programa americana já disse numa entrevista que entre seus clientes de Washington (aí incluindo deputados e poderosos assessores) fantasias de humilhação é mato. Qualquer psicólogo de botequim pode explicar que depois de passar o dia tomando decisões o tempo todo, com auxiliares e grupos de pressão jogando um monte de problemas em cima dos ombros do sujeito o tempo todo, o vivente ao fim do expediente queira relaxar entregando-se completamente nas mãos de uma dominatrix e deixando-se levar pelos caprichos dela, sem ter que pensar em nada, sem ter que planejar nada, sem ter que tomar nenhuma atitude ou iniciativa. E isso vale para mulheres também, é claro (extrapolando sem nenhuma base científica: terá o bondage - o fetiche de amarração - se tornado muitíssimo mais popular entre as moças nos últimos anos também como forma de diluir o estresse oriundo de sua recente - e, em muitos lugares, ainda incipiente - invasão das posições de mando do mercado de trabalho?).
De qualquer forma, a melhor frase sobre o assunto, como quase sempre, é do meu amigo subeditor da Vejinha Rio, o Sérgio Garcia: "esquisito é um sujeito casado ter fetiche com campo de concentração".
Antes que alguma organização feminista reclame, o Serginho é casado há 16 anos com a Paulinha e os dois são apaixonados até hoje e inclusive aparecem nas fotos de meu aniversário, postadas em fevereiro.
abril 04, 2008
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