O meu amigo Xatto me mandou essa, que eu não sabia. Tem um saite, http://www.pimentaneves.com.br/, dedicado à defesa de um sujeito sessentão que há coisa de oito anos levou um pé na bunda de uma mulher mais de 20 anos mais nova (um romance que começou quando ele era chefe dela), foi atrás dela e a matou com, primeiro, um tiro pelas costas, para depois aproximar-se e liquidar o serviço com outro na cabeça.
O sujeito em questão, no entanto, era diretor do Estadão, cheio de amigos importantes, alguns com invejáveis currículos e PHDs, que deixaram no malfadado saite um monte de declarações sobre o amigo bondoso, generoso (ele gastou duas balas quando muitos teriam gasto apenas uma! Ainda deu um tiro de misericórdia). Exemplar é o primeiro depoimento, o que abre a página. O doutor José Mindlin não especifica qual seu doutorado, mas que é "empresário, intelectual, bibliófilo, escritor e membro da Academia Brasileira de Letras". Empresário, escritor e membro tudo bem, mas onde se tira certificado de intelectual e bibliófilo? É nisso que ele tem PHD?
Pra sentir o nível, é só ler a coisa: "(...) no Banco Mundial, Pimenta Neves sempre agiu com a maior seriedade e competência. Graças a isso, foi dos poucos jornalistas brasileiros a granjear amizade e respeito nos altos escalões da administração brasileira e americana (...)" Uau, o povo importante tem consideração com ele! Quem somos nós, tupiniquins de terceiro mundo, pra querer julgar alguém assim?
Entre as declarações, a do famoso publicitário Ênio Mainardi, que escondeu o Pimenta em sua propriedade para evitar a prisão em flagrante. Hoje em dia ele é mais conhecido como o pai do Diogo Mainardi, aquele sujeito que vive esbravejando contra a falta de ética da esquerda e o uso impuro que os jornalistas liberais fazem de suas conexões.
Ah, ça va sans dire, Pimenta Neves está em liberdade até hoje, apesar de réu confesso de um crime com testemunhas.
junho 25, 2008
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