junho 05, 2008

Bukowski Nunca é Demais

Alone with Everybody

the flesh covers the bone
and they put a mind
in there and
sometimes a soul,
and the women break
vases against the walls
and the men drink too
much
and nobody finds the
one
but keep
looking
crawling in and out
of beds.
flesh covers
the bone and the
flesh searches
for more than
flesh.

there's no chance
at all:
we are all trapped
by a singular
fate.

nobody ever finds
the one.

the city dumps fill
the junkyards fill
the madhouses fill
the hospitals fill
the graveyards fill

nothing else
fills.

E, dando uma mãozinha para os inangloparlantes, minha pobre tradução:

a carne reveste os ossos
e põem uma mente lá dentro
e às vezes uma alma,
e as mulheres quebram
vasos contra a parede
e os homens bebem
demais
e ninguém encontra
aquele(a)
mas continuam
procurando
rastejando para dentro e para fora
das camas
carne reveste
os ossos e
carne busca
mais do que
carne

não há
chance:
estamos todos presos
a um singular
destino.

ninguém
nunca
encontra
aquele (a).

as lixeiras são preenchidas
os ferros-velhos são preenchidos
os hospícios são preenchidos
os hospitais são preenchidos
os cemitérios são preenchidos

nada mais
é preenchido

Belo poema de amor. Desamor, digo.

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