novembro 17, 2008

As Armas Mais Idiotas da Ficção Científica

1 - O robô dos incas venusianos

2 - A frota de invasão de "Sinais", de M. Night Shyamalan

3 - Os exoesqueletos de "Matrix Revolutions" (o terceiro filme)

Ok, todo mundo viu essa droga de filme por causa da primeira fita, uma transcrição para o mundo digital dos princípios do budismo prahayana e do taoísmo, com a realidade virtual funcionando como o samsara.

E os irmãos Wachowski viram Aliens e se amarraram quando a Sigourney Weaver enfrentava a matriarca alienígena usando uma empilhadeira-robô

E pensaram: eu quero uma dessas pra mim!

E daí pra eles armarem os humanos para a batalha final contra as máquinas na realidade real (Buda teria algo a dizer sobre essa última asserção, afinal de contas, como dizem os cientistas, vivemos na verdade num universo virtual criado pelo nosso cérebro com dados captados pelos nossos sentidos), a batalha de Zion, com exoesqueletos semelhantes foi um pulo. Só que a batalha da Ripley era contra um único alienígena e um combate corpo-a-corpo. Em Zion a coisa não foi bem assim.





Então vocês podem ver que os humanos estão "vestindo" uma armação metálica-robô que tem braços e anda. Os braços não servem pra absolutamente nada a não ser sacar pistolas e ficar atirando sem parar. As pernas não servem pra absolutamente nada porque eles estão parados sobre uma plataforma, todos juntos para ficarem sem espaço pra manobra e se tornarem um alvo mais fácil (com estrategistas como esses, não é à toa que os humanos estão fodidos). Com todo aquele metal em volta, ninguém pensou em botar umas plaquinhas de aço pra proteger os caras lá dentro de QUALQUER coisa, um tiro, um estilhaço, uma porrada, nem que fosse pelo efeito psicológico de não se sentir completamente exposto à mira dos autômatos atacantes.

E o que acontecia quando acabava a munição? Apesar de ter pernas, braços e motores à disposição no exoesqueleto, ninguém pensou em uma maneira de armazená-la em grande quantidade. Quando ela acaba, o pobre coitado preso lá dentro grita "munição"! e um bando de office-boys, perdão, auxiliares de serviços gerais, saem correndo, também sem nem ao menos um capacete de metal ou uma placa peitoral servindo de proteção, puxando um carrinho cheio de pesadíssimas cápsulas, correndo feito idiotas no meio de um campo de batalha, com tiro pra todo o lado, e... desarmados!!!!!

Se eles tivessem à disposição algum desenhista retardado do século XX, poderiam ouvir que talvez um pouco de proteção pro vivente que comandava o troço fosse legal. Poderia também ter um verdadeiro poder de locomoção. Em vez de complicados servo-motores e mecanismos delicados de braços que servissem apenas pra puxar uma pistola, que tal uma torreta giratória com as armas fixadas, evitando que fossem arrancadas? E talvez - apenas talvez - houvesse uma chance de se aumentar o espaço interno para que se pudesse carregar muita munição. E a propulsão serviria pra levar a geringonça até o centro de abastecimento quando acabassem as balas.

Poderia ser algo mais ou menos assim:

(um tanque Renault FT da primeira guerra mundial, em exposição no Museu Militar Conde de Linhares, em São Cristóvão, em frente à Quinta. Vale a pena a visita - e a entrada é franca)

E. se eles achassem que isso era muito sofisticado, podiam tentar:


by Leonardo da Vinci

Ou, pelo menos...



Sem comentários: