janeiro 02, 2006

CONTOS ERÓTICOS RECUSADOS

Um amigo meu que trabalhava numa revista de mulher pelada uma vez me avisou que estavam precisando de contos eróticos. Como um de meus sonhos sempre foi escrever a seção Fórum da Ele & Ela, "e então seu mastro dardejante penetrou minha úmida gruta", saí correndo e no dia seguinte tinha dois textos pra enviar. Infelizmente foram recusados por serem muito literários. Acabei postando-os num site da Net, onde fizeram bastante sucesso, principalmente o segundo, dos irmãos. Até um sujeito que tinha uma revista literária online me convidou pra escrever contos - não eróticos - pra ele. Seguem eles aí embaixo pra vocês darem uma olhada:
Andréa tinha vinte e dois anos, um corpo maravilhoso e a gerência de uma boutique, com um monte de funcionários que não gostavam dela, mas isso não fazia muita diferença num mundo globalizado neoliberal com o desemprego em alta, o que não dá muita saída além de aceitar mais hora extra não remunerada e mais cortes na comissão, mesmo sabendo que, como comentavam pelos cantos, "ela diz que os tempos estão tão duros quanto os peitos dela, quando na verdade estão, no máximo, tão duros quanto o membro viril do namorado dela", referência maldosa à idade do amado da jovem, um bem-sucedido publicitário de quase cinquenta anos. Porque Andréa era dessas meninas que, aos dezoito anos, só tem tailleurs no armário. Que nunca suava quando saía pra dançar. Que nunca se despenteava. Que só via filme europeu e frequentava o Estação Unibanco, saindo para discutir a mensagem da fita com seus amigos trintões e quarentões em algum sushi bar. E que ainda por cima, quando tinham que gargalhar, riam baixinho. Para não atrapalhar ninguém. Andréa já trabalhara como contato publicitária e como promotora de eventos, mas dizia aos empregados, que ganhavam uma fração de seu salário, que só estava naquele posto mal remunerado para ter tempo de terminar a faculdade de administração, já que desistira do Direito.
Mas isso não significava que ela não se dedicasse ao seu trabalho. Ela era profissional. Esforçada. Ambiciosa. Era por isso que não gostava de gente de sua idade. Um bando de irresponsáveis e brincalhões. Inconsequentes. Tolos. Fúteis. Reclamavam tanto de fazer hora extra, mas eram incapazes de tomar qualquer atitude. Era só ela anunciar serão para ouvir os lamentos. E só. Ninguém se queixava diretamente. Ninguém tinha coragem para tanto. Sem ambição. Fracos. Nenhum deles teria a disposição dela, a disposição de estar tão tarde da noite ainda na loja, checando os livros de caixa e o estoque. Ela tinha ouvido muito os empregados comentando sobre os shows que tinham ido assistir ultimamente. Muitos shows. E todos caros. Sem contar que o François havia mesmo comprado um carro. Podia parecer pouco, mas ela não chegara tão longe em tão pouco tempo de outra forma. Podia ser apenas um indício de que eles estavam aprendendo com ela a organizarem suas vidas, mas como ela não vira nenhuma mudança no comportamento deles, ela duvidava disso. Ela queria ter certeza de que ninguém estava roubando a loja.
E, pelo jeito, era isso que ela ia conseguir. Livros, planilhas, estoque, faturas, tudo conferia perfeitamente. Mas não batia. Algo ali não batia. Ela estudara Jung, Freud, Campbell e sabia que intuição era a maneira do subconsciente avisar você de alguns fatos coletados que você desprezou conscientemente. Ela sabia que não devia desprezar seus instintos. Alguma coisa andava errada com os funcionários daquela loja. Mas o quê? O quê?
Foi quando ela ouviu os passos.
Alguém estava se movimentando no estoque.
A gerente sorriu. Agora estava tudo claro para ela, ali, naquelas sombras. Não era uma manobra contábil.
Andréa aproximou-se intimorata da escuridão e chamou em voz patronal pelo empregado, "François?", mas as sombras permaneceram indevassáveis à sua vista e voz. Ela então inquiriu de novo, aumentando o tom de ordem.
"François"?
"Ouça-a, Mama Legba. Ela está sozinha e indefesa no escuro, mas ainda assim prefere ser desagradável e autoritária. Ela não demonstra o menor medo".
"Medo? Eu, François? Você é que deveria estar, andando pela loja a esta hora fazendo não sei o quê, logo depois de comprar um carro novo. Você vai ter muitas explicações a dar à Débora, depois do que eu contar a ela. Eu não, eu não tenho nada a esconder, não tenho nada a temer."
Ela mal acabou de falar, mal acabou de fazer seu discurso repreensivo, suas falácias de censura, quando uma voz feminina, uma voz de mulher, uma voz de uma mulher que viveu muito, que viu de tudo, a voz de uma mulher que conheceu mistérios deste e de outros mundos, uma voz de mulher com toda a autoridade advinda da experiência, a verdadeira autoridade que Andréa desconhecia completamente riu uma risada asmática, gasta em alegrias profanas e intermináveis em outros tempos e disse, em tom de ironia, "Pois deveria, menina. Isso não é coragem, é apenas estupidez". Andréa tentou localizar a voz, procurar uma sombra, uma silhueta, qualquer coisa que lhe indicasse quem estava lhe falando quando subitamente todo o depósito explodiu em luz, cegando-a tão completa e subitamente que ela caiu ao chão, tentando desesperadamente cobrir os olhos com o braço.
"Problemas com a visão, menina?"
"Onde você conseguiu esse refletor?"
"Não é de estranhar. Você sempre foi cega..."
"Desligue essa luz para podermos conversar..."
"Nunca teve olhos, por exemplo, para Fernando... você tem idéia do que ele sentia por você?"
"Fernando? Ele queria me adular... achava que poderia me subornar com flores e presentes..."
"Ele era perdidamente apaixonado por você, Andréa!!!!! Você não só ignorou os sentimentos do rapaz como ainda o demitiu por isso! Você sabe o que aconteceu com ele quando saiu da loja?"
"Eu não via porque manter contacto com alguém obviamente tão interesseiro..."
"Tão cega... tão perdida e completamente cega... ele entrou em depressão, Andréa. Tentou o suicídio... por uma mulher como você... que desperdício... que tolice..."
"S-suicídio?"
"Foi, menina má... Felizmente François tinha ido visitá-lo e o encontrou a tempo. Ele ainda está sob tratamento psiquiátrico. Vamos pular Ilana, que você demitiu porque ela estava conversando com aquele seu namorado, tentando ser simpática com o amado da patroa e você achou que ela estava dando em cima dele. Vamos falar logo de meu sobrinho-neto... François... e o carro que ele comprou..."
"François é seu sobrinho-neto..?"
"Sim, é... acho que ao menos casado você sabe que ele é... pois bem, o carro que ele comprou foi porque a Ana, esposa dele, estava grávida. Como eles sempre sonharam. No entanto, era gravidez de alto risco. Eles fizeram um esforço tremendo para comprarem o carro para que Ana pudesse chegar a tempo no hospital a qualquer sinal de que algo ia errado. Só que François contava com o pagamento das horas extras... que você cortou. E o carro foi tomado."
"Eu não tenho culpa! Ele não podia se endividar contando com um aumento ainda não decidido..."
"Não era um aumento, vagabunda! Eram meus direitos!"
"Calma, François. Ela vai ter o que merece", e Andréa pela primeira vez tremeu ao ouvir essas palavras da mulher, que em seguida dirigiu-se a ela, continuando a história.
"Sabe o que aconteceu, Andréa? No dia seguinte ao que o carro foi tomado, Ana começou a sentir-se mal, François estava na loja fazendo um serão de graça, para poder manter o emprego e o telefone estava desligado, por economia. Ela tentou tomar um táxi, mas não chegou ao hospital a tempo." A mulher fez uma pausa e Andréa começou a sentir-se mal, já adivinhando o que viria em seguida.
"Ela perdeu o bebê, Andréa. Um menino. E teve complicações. Ela nunca mais vai conseguir engravidar outra vez, Andréa. François não terá o filho que tanto queria com Ana".
Andréa começou a sentir-se mal. Pessimamente. Ela nunca imaginara que um empregado tão descuidado como François pudesse ser um marido tão empregado. Nunca lhe passara pela cabeça que alguém pudesse ser mais atencioso em sua vida sentimental do que em sua vida profissional.
"Eu... eu sinto muito... de verdade... eu não pretendia isso... por favor... apague esse refletor, para podermos conversar..."
"O refletor? Está bem. Apagaremos..."
A luz apagou de repente. Andréa finalmente pôde descobrir os olhos e ver com quem estava falando. Estavam todos ali. François. Fernando. Ilana. Uma senhora idosa, gorda e de branco. Em suas mãos, uma lanterna, agora apagada, com o foco dirigido aos olhos de uma pequena boneca.
Com as feições de Andréa, que teve um súbito choque ao se lembrar que François é um nome de língua francesa, falada, entre outros lugares, no Haiti.
A terra do vodu.
Mama Legba sorriu ao perceber o olhar aterrorizado de Andréa.
"Acho que você já percebeu tudo. Quer ver o que acontece quando eu ligo a lanterna nos olhos da boneca?"
Andréa ficou cega novamente. Cega e indefesa. Ela estava nas mãos deles.
"Apaguem essa luz... por favor... apaguem!"
"Está vendo agora o que é estar à mercê de outros, Andréa? O que você passou todo esse tempo fazendo com os funcionários da loja? Mas isso não é tudo. Estar nas suas mãos também significava estar vulnerável às suas neuras, como a Ilana. Ter os sentimentos mais secretos expostos e descobertos, como Fernando. Você quer ter idéia do que é estar exposto e vulnerável, Andréa?"
"Por favor, deixem-me em...", parou a frase. A voz de Andréa congelou de horror quando ela percebeu o que seus braços vinham fazendo sem que ela ao menos tivesse consciência do que estava acontecendo. Ela estava se despindo. Tirando sua roupa! O casaco e a saia já haviam ido e ela agora tirava a blusa. Estava agora somente de lingerie e meias na frente de seus empregados e sem a menor disposição de parar. Suas mãos cruzadas já abaixavam as alças do sutiã lentamente pelos ombros nus e chegavam ao colo dos seios.
"O que vocês estão fazendo comigo? Parem com isso! Parem com isso já ou vou chamar a polícia!!!!! Vocês vão todos presos!", gritou ela enquanto suas mãos procuravam nas costas o fecho do sutiã.
"Nós, Andréa? Por quê? Não a estamos tocando, ameaçando ou forçando a nada. Você é que está fazendo um espetáculo para nós..."
O sutiã soltou-se e desprendeu-se completamente. Dos quadris para cima, Andréa era apenas pele. Pele bronzeada, sem nenhuma marca de biquini, graças à piscina murada na casa de seu namorado. Seus seios saltaram livres e amorenados, frescos e convidativos ao toque, graças à sua aparência firme e sólida, graciosa, com uma curvatura acentuada em cima e suave e com boa base por baixo, o que os mantinha bem apontados para cima e duros, enviando o olhar para seu cerne, seu centro de sensibilidade e prazer, a região que define e delimita o peito, sem cuja visão não se conhece realmente um busto. Os mamilos amplos e róseos, lisos e redondos da gerente, que soluçava e chorava, incapaz de completar uma frase, contrastando com o seu corpo que fazia questão de continuar o strip tease e exibir-se orgulhosamente.
"Vejam esse peito... vocês ainda acham que eu não tinha nenhuma razão para me apaixonar?", riu Fernando.
"O que vocês estão fazendo comigo?", era o bordão que ela repetia sem parar, a única resistência que conseguia opor, enquanto sentia suas mãos percorrerem os quadris em busca do elástico da calcinha e a baixarem lentamente, expondo sua vagina, com pelos ralos e sedosos, tão convidativos quanto os de um gato, claros e delicados, protegendo a sua fenda vertical, de lábios tímidos, pequenos e fechados.
A calcinha ia descendo pelas torneadas coxas grossas malhadas da deliciosa gerente junto com as primeiras lágrimas em seu rosto. "Por quê... por que vocês estão fazendo isso comigo?", choramingava enquanto sua última peça de roupa se livrava de seu corpo esplêndido e a deixava ali, no depósito, completamente nua e indefesa, à mercê de seus vingativos empregados.
"Para que você veja o que é sentir-se à mercê de outros", foi a resposta de François, "Para que você saiba o que é sentir-se completamente exposta", foi a respostas de Fernando e "Para que você saiba o que é verdadeiramente o poder" foi a resposta de Mama Legba, fechada com uma grande gargalhada que assustou Andréa. A moça tentou esconder seu reflexo, mas seus seios livres e nus balouçaram gentilmente, firmes que eram, traindo seu medo.
"Parece que alguém aqui está tremendo".
"Deixem-me ir embora... por favor".
"Ah, Andréa, mas nós vamos... vamos mandar você embora. Mas não do jeito que entrou aqui. Vamos mandá-la de um modo muito mais gentil. Você vai ser incapaz de dizer não. Vai ser obrigada a obedecer qualquer ordem ou sugestão que lhe dêem. Em suma, vamos apagar seu livre arbítrio... ou livre arbitrariedade, como devia ser chamado no seu caso"
"Vocês não podem fazer isso!"
"Ora, cale-se, Andréa"
"N" foi o único som que a jovem nua pôde proferir antes que suas mandíbulas se cerrassem inexoravelmente. Ela tentou falar alguma coisa, mas nem sequer um suspiro pôde sair de seus lábios. Ela estava nua e agora muda.
"É claro que você vai continuar exatamente do jeito que é. Não vamos tocar na sua personalidade. Você pode continuar a tratar as pessoas como sempre tratou. Mas vamos ver se é isso que você vai fazer a partir de agora", explicou Mama Legba enquanto era seguido pelos olhos suplicantes da silenciosa gerente nua, movimento que continuava a fazer seus seios empinados balouçarem suavemente, como se tocados por uma brisa.
"Veja isso como um teste de personalidade", disse François, levando todo mundo a gargalhar, menos é claro, Andréa, que não o poderia mesmo que tivesse achado graça. O neto da sacerdotisa vodu continuou. "Pode falar agora, Andréa".
"P-por favor..." falou a moça nua, como se estivesse soltando a respiração após ficar debaixo d'água.
"Viu como funciona? Muito bem, Andréa, chega por hoje. Pode vestir-se e ir embora..."
"Vocês não podem me deixar ir embora assim".
"Tem razão. Espere, Andréa", disse Fernando.
Os braços nus da loura, que buscavam sua calcinha, pararam imediatamente.
"Lembra como você reclamava do meu cigarro? Que não suportava fumantes? Que não entendia o que eles viam no cigarro? Pois agora você vai entender... vai entender o que é obsessão... a mesma que eu tinha por você".
"Não", protestou fracamente a moça nua, enquanto tentava apertar o busto com os braços para expor menos seus belissimos seios, "por favor, não me faça fumar... cigarro mata".
"Não, não íamos querer que você estragasse esse lindo corpinho, não é mesmo? Eu tenho uma idéia muito melhor... muito melhor..."
Mais uma vez os seios da jovem tremeram, entregando seu medo.
"Você vai ser viciada em... esperma!"
"Não!"
"Sim! É disso que os receptores de seu cérebro mais vão gostar. Só uma dose de porra vai conseguir te satisfazer, quando você estiver sem um pouco há muito tempo. É esse que vai ser seu vício. Você vai ser dependente química de porra! Porra!"
Os braços de Andréa se alargaram. Ela cambaleou e quase caiu enquanto sentia seu estômago se revirar, suas entranhas se reconstruirem, enquanto seu cérebro lhe dava vontade de comer alguma coisa diferente e não era um sushi, nem comida alemã, nem comida italiana ou espanhola, ela precisava de um sabor mais forte, de um sabor mais temperado e forte, alguma coisa salgada e suada e só ao pensar isso, sentiu aumentar o calor entre suas pernas e essa sensação lembrou-a automaticamente que estava nua e sua pela completamente exposta levou seu pensamento diretamente a sexo, o que só fez aumentar a salivação em sua boca, ao pensar num sexo masculino ereto, com as bolas cheias, bem cheias.
Andréa sentiu um arrepio de medo percorrer sua espinha ao perceber que, ao pensar nisso, lambera os beiços inconscientemente.
"Será que funcionou?", perguntou Fernando a François, que lhe respondeu "não sei. Experimenta". O jovem tímido hesitou por um instante, pensou no constrangimento, mas, ao olhar aquela mulher maravilhosa nua, suas nádegas firmes e rijas, com uma marca de biquini que parecia ter nascido com ela, pequena e bem localizada, seus quadris amplos e sua cintura estreita, seus seios maravilhosos, suas pernas fartas e curvilíneas, chegou à conclusão que aquilo valia qualquer sacrifício e se aproximou dela.
Andréa, caída, levantou-se um pouco. Ajoelhou-se, ao ver Fernando se aproximar. Seus mamilos tornaram-se mais escuros e rijos. Fernando chegou perto. Sua virilha à altura da boca dela. O coração da gerente batia acelerado. Seu rosto avermelhava-se e ficava afogueado. Suas pálpebras tremiam e seus olhos demonstravam pavor, mas sua boca se entreabriu lentamente, esperando receber um presente.
Fernando parou. "E agora?", perguntou.
"Bota ele pra fora", pediu Andréa, bem baixinho.
"Como?", insistiu Fernando ironicamente. Ironia que não teve muito efeito. A gerente, lembrando o modo como conseguiu subir tão rápido na carreira, com decisão pulou sobre a calça de Fernando, desceu o zíper, enfiou a mão lá dentro e puxou uma tora um tanto curta e de grossura média e abocanhou-a tão logo ela viu o ar livre. "Ai!", soltou Fernando, assustado com a voracidade da moça. Os outros riram. "Devagar, Andréa. Eu sempre gostei de sua... elegância". "Mmmmmmm", protestou Andréa através de sua boca repleta, diminuindo o ritmo do boquete, como ordenado, contra a sua vontade.
"Se bem que ela não parece muito elegante agora".
"Com esse corpo, ela vai ser elegante de qualquer jeito, François", replicou Fernando, antes de fechar os olhos e acariciar os cabelos sedosos da garota, inutilmente, pois Andréa estava totalmente concentrada em como levar seu ex-empregado ao gozo o mais rápido possível, mesmo sendo obrigada a um ritmo mais cadenciado. Seu corpo inteiro estava focalizado em chupar o membro dele. Seu busto subia e descia, com os movimentos de sucção repetindo o vaivém de sua boca. Uma de suas mãos movimentava a pouca pele que não estava abocanhada, tentando ajudar o orgasmo com uma punheta. Ela sentia sua boceta pulsar antecipando o líquido quente e viscoso prestes a se derramar por sua língua. Cada vez que ela pensava isso, sua outra mão apertava o saco do rapaz, como se tentando espremer o conteúdo.
"Eu não imaginava que ela tivesse uma boca tão grande".
"Com o estímulo que ela recebeu, meu chapa, cabia qualquer coisa". Andréa ouviu isso e sentiu, ao longe, embaixo do frêmito de seu corpo, um vergonhoso sentimento de degradação. Mas se degradação era tão bom, qual o problema? Ela corou e tentou afastar os pensamentos enfiando mais do mastro de Fernando em sua boca, quase sufocando e sentindo os pelos púbicos do rapaz tocarem seu nariz e lábios. O cheiro salgado do suor depositado na virilha dele aumentou ainda mais sua fome e ela começou a temer que uma descarga não fosse o suficiente para o que ela precisava, o que aumentou ainda mais a sua ansiedade. Ela liberou a mão que tentava a desajeitada punheta e baixou-a até seu botãozinho. Ela precisava descarregar suas necessidades. A ponta de seus dedos percorreu suavemente a superfície de seu clitóris e ela sentiu uma pequenissima pontada de alívio da terrível fome que a castigava, mas ainda assim, era um alívio e ela começou a masturbar-se com força e vigorosamente, já que ninguém lhe ordenara que ali ela fosse devagar.
"Olha só...", comentou François, "parece realmente que o Edgar não dava conta satisfatoriamente de nossa chefinha", referindo-se ao namorado quarentão da garota. Andréa só pôde soltar outro murmúrio abafado de protesto, com todo o comprimento da espada de Fernando em sua boca. O murmúrio, no entanto, não acabou, continuou, mais forte e pausado, mais lento e certo, ela fechou os olhos e descontrolou-se, ela estava gozando, havia chegado ao orgasmo, sentia seus quadris pulsarem involuntariamente, sua boceta aberta sentindo o ar fresco, seu corpo, a partir de seu sexo, se petrificando e depois se liquefazendo, um movimento que a fazia murmurar longamente.
Fernando não pôde resistir ao espetáculo e começou a gozar também e ao sentir o primeiro jato, farto e grosso tocar as paredes de sua boca e sua língua, Andréa teve seu orgasmo multiplicado mil vezes. Ela queria ter o estômago inteiro repleto daquele néctar, todo o seu corpo estufado e recheado com aquele caldo, provar mais e mais e mais, ela apertou mais as bolas dele, aumentando a chupada, a sucção, querendo drenar todo o fluido sexual do seu ex-empregado.
A fonte secou. Os jorros pararam. Andréa ainda tentou sugar mais, mas Fernando estava esgotado. Ainda assim, ela insistiu com as chupadas e lambidas, ainda zonza e acesa com o cheiro. Fernando, entretanto, após recuperar as forças, puxou a cabeça dela para trás e tirou seu mastro da boca dela. Um ar de decepção se espalhava pelo rosto de Andréa.
"Bom, hein?"
Andréa, agora satisfeita e com a cabeça temporariamente livre da obsessão, não respondeu. Apenas baixou a cabeça. Mais lágrimas se juntaram às muitas outras já derramadas na noite.
"Agora está bem. Pode se vestir e ir embora".
"Não me deixem assim. Por favor."
"Você nunca soube o significado da expressão por favor, Andréa".
"Mas..."
"Chega. Pode ficar aqui mais se quiser, mas nós estamos indo".
"É melhor ir para casa recuperar as energias", disse Mama Legba enquanto se dirigia à porta, "acho que você vai precisar de muita no trabalho amanhã".
Os empregados que saíam riram e fecharam a porta. Andréa ficou lá, quieta, chorando, nua e indefesa no depósito vazio, deprimida.
Quando ela sentiu passar pela sua cabeça que talvez uma boa esporrada melhorasse sua depressão, ela teve um arrepio.
(Continua)

Eram uns estalidos. Baixos, pequenos, mas audíveis. Madeira e prego, o prego se dobrando, se enfiando, entrando mais e mais nas fibras, parando e voltando, parando e voltando. Era a cama do meu irmão. Ele estava se masturbando. Tocando uma punheta. Ele ia sair do quarto suado, vermelho, cheirando forte e ia terminar no banheiro. E depois ia se deitar.
Eu tinha quatorze anos e um namoradinho e o mais longe que chegamos foi ele me explicando exatamente o quê o meu irmão estava fazendo, um dia em que eu deitei no colo dele na minha cama e a gente começou a ouvir os barulhinhos, na mesma hora em que eu sentia na minha face pela primeira vez a forma, o tamanho e a consistência de um pau duro, de um jeito que os amassos que eu tinha dado até então não tinham conseguido me mostrar. E foi enquanto ele me fazia uma leve carícia nos meus cabelos e eu ficava pensando se aquilo que eu sentia encostado na minha bochecha ia conseguir entrar dentro de mim sem me machucar, de que jeito, que ele me explicou o que estava acontecendo do outro lado da parede.
Apesar de muito ingênua, eu já sabia que os garotos faziam essas coisas, mas era uma imagem vaga, uma coisa que os meninos feios, bobos, de óculos, faziam enquanto estavam na privada, uma coisa nojenta e não algo que meu irmão fizesse, na mesma parede que eu, aquele jovem bonito, esguio, forte, de voz pausada e tranquila. Meu irmão. Bem diferente do rapaz que me tinha no colo naquele momento e começou a me descrever como o Fernando estava tocando punheta. Hoje eu acho graça, ele devia estar tentando me provocar, me excitar, pra tentar qualquer coisa comigo, não devia ter muita idéia de como começar. E não era daquele jeito. Ele foi tão grosso que a gente acabou discutindo, acabei botando ele porta afora, ele saiu dizendo que daquele jeito nenhum homem jamais ia querer coisa nenhuma comigo e eu fiquei ali, sozinha na sala, pensando no tamanho do pau dele, se eu ia ter coragem de enfrentar aquilo, pensando em como os homens eram grossos, pensando que eu nunca ia encontrar alguém que realmente me amasse, que eram todos daquele jeito, ele é que estava certo, pensando tudo isso e caminhando de volta para o quarto. E encontrando o meu irmão no corredor. Perguntando o que tinha acontecido.
Eu disse que tinha brigado com o meu namorado, ele perguntou por quê. Ele estava suado e cheirava salgado. Ácido. Forte. E preocupado comigo. Sinceramente. Irracionalmente, a sensação do pau duro de meu namorado encostando em mim me voltou à cabeça. A idéia do meu irmão se masturbando, como um animal, ainda assim terna e gentilmente comovido comigo começou a ter em mim o efeito que o garoto inoportuno tentara causar. Comecei a sentir entre as pernas um calor irradiante e a inefável impressão de que ele podia perceber esse calor, que ele mesmo também estava quente e suave. Quando me dei conta, meus olhos haviam se dirigido instintivamente para o seu sexo estufado sob o short e eu mordia meu lábio inferior. Imediatamente, dei uma desculpa e me livrei dele, correndo para o meu quarto e fechando a porta. Eu estava envergonhada, constrangida e enrubescida, mas quanto mais eu pensava na atitude que eu tivera, mais aumentava o calor entre as minhas pernas e mais eu mordia o lábio inferior. Fernando ainda perguntou através da porta se estava tudo bem. Não. Não estava nada bem, mas eu não disse, eu não disse porque eu não sabia exatamente o quê não estava nada bem, não era o garoto que tinha ido embora, não era meu irmão demonstrando ter maus hábitos, não era eu não ter um grande amor e parecer não ter um grande amor, não era nada daquilo, era alguma coisa muito mais básica, muito mais urgente, muito mais imediata. Novamente, quando eu me dei por mim, eu estava deitada na cama e me acariciava. Minha mão tinha procurado instintivamente o biquinho do meu peito. A outra esfregava-se na coxa. Meu irmão bateu mais uma vez, perguntando por mim. Comecei a apertar com mais intensidade o biquinho enquanto a mão na coxa subia e atingia minha boceta. Fernando desistiu. Pude ouvir ele fechando a porta do seu quarto ao entrar. Minha mão começou a brincar com o grelinho. Eu sabia o que ia acontecer. Eu tinha certeza. As coisas já estavam melhores. Já estava melhorando. E iam melhorar mais. Só faltava uma coisa. Um detalhe. Apenas um, unzinho.
Os estalidos recomeçaram e eu gozei longa e fortemente pela primeira vez na vida.
E foi assim, por causa daquela cama mal pregada, que começou a minha obssessão. Sempre que eu percebia que meu irmão retirava-se discretamente para trancar-se em seu quarto, eu tentava fazer a mesma coisa, para me entregar às carícias de meus dedos em meu quarto e de Fernando em minha imaginação, gozando juntos em nossa intimidade familiar e proibida. A idéia de partilhar com meu irmão meu corpo, além de meu sangue, contrariando todas as regras morais e sociais, ainda que apenas em pensamento, sempre me deixava quente e lânguida, irmãos jovens e nus suando e se amando fraternal e sexualmente.
Permaneci nesta rotina, embora dificilmente se aplique a sensações de prazer tão satisfatórias a palavra "rotina", durante cerca de seis meses, quando nossos pais resolveram passar o fim de semana na casa de meus tios, em Petrópolis. Aquela cidade enevoada e pastel nunca me atraiu muito e pretendia assistir com as amigas a um filme que havia estreado. Além do mais, meu irmão disse que iria ficar no Rio para estudar e a simples idéia de completa liberdade para nossa masturbação já me inclinou completamente a permanecer em casa. Assim, eles se foram e nós ficamos, cheios de pão fatiado, queijo, presunto e ovos para nossos lanches e números de telefone, para qualquer emergência, embora já estivéssemos grandinhos o suficientes para cuidarmos de nós mesmos.
O sábado no Rio amanheceu ensolarado e Fernando e eu fomos à praia com a turma. Flertamos com nossos amigos e aproveitei para passar algum tempo deitada encostada contra o peito nu de meu irmão, gravando na mente as sensações do toque daquele corpo para minha planejada orgia solitária à noite. Eu sempre me senti feliz e relaxada quando voltava quente pra casa depois da praia e tê-la toda somente para mim e o homem de meus sonhos aumentava esta sensação.
Fui a primeira a tomar banho e aproveitei tudo que pude para provocar Fernando. Quando chegamos, soltei o sutiã em sua presença, mas de costas. Sentir meus seios completamente livres na casa, na presença de um homem, meu irmão, me excitou profundamente e em vez de correr, andei lentamente até o banheiro para usufruir longamente deste momento. Deixei a porta aberta e liguei o chuveiro, enquanto imaginava que Fernando estivesse me observando. Não resisti e comecei a esfregar meu clitóris, mas parei sempre que estava próxima do orgasmo. Queria guardar tudo para quando ouvisse os estalidos da cama e que viesse do fundo das minhas entranhas e me estourasse.
Saí do chuveiro e usei a toalha para me cobrir somente à frente quando chamei meu irmão e dessa vez ele não conseguiu esconder sua perturbação enquanto caminhava para o banheiro. Fui para o meu quarto e abri uma revista. Folheava as páginas sem ter a menor idéia do que estava ali escrito ou ilustrado. Tudo em que eu conseguia pensar era quando o meu irmão se deitaria ali do lado e a cama começaria a sacudir. Nem queria me acariciar pelo medo que tinha de chegar rápido demais ao gozo.
Ouvi a porta bater. E então, um "clic".
Nem me dei ao trabalho de fechar a minha porta. Apenas apaguei a luz e fiquei olhando para a noite pela janela. Uma noite bonita, com estrelas. A casa toda estava escura e a cama de meu irmão rangia e eu me sentia bem e livre e comecei a me masturbar. Tirei minha blusa e apertei o mamilo direito e o arrepio correu da minha boceta avermelhada e subiu até o peito e só me deixou um certo alívio depois que eu suspirei. Lembrei das costas lisas e musculosas de meu irmão e o calor de minha mão apertando meu sexo aumentou a intensidade do arrepio e eu tive que ir buscar imediatamente o meu grelo, para tentar buscar algum desafogo, algum consolo. Imaginava meu irmão com seu pinto na mão, duro como uma clava, com uma consistência rígida e macia, subindo e descendo, subindo e descendo enquanto ele, como eu, suava e revirava os olhos, entrando em outras regiões da mente. Meu irmão, completamente nu, o rapaz que falava calmo e me abraçava e apertava minha bochecha completamente tranquilo, com a paz da intimidade fraterna, pensava naquele jovem agora, atravessando agora as mesmas sensações que eu sentia agora, as estrelas estavam belas e eu fechei, fechei os olhos, apertava um mamilo e outro já machucando, pressionava meu grelinho até o fundo, com pressa, com velocidade, eu já ia gozar, eu não queria gozar tão rápido, mas ia ser profundo, ia vir lá de dentro, depois eu gozava mais, tinha o fim de semana todo pra mim, completamente, eu já sentia o orgasmo vindo, quando então, de repente, tudo parou.
Alguém segurou minha mão.
Eu tinha deixado a porta aberta.
E Fernando agora estava olhando para mim.
Suado, cheirando salgado, o cabelo molhado e descabelado.
Meu primeiro reflexo foi me cobrir, tentar ocultar meus seios flutuando livres, minhas pernas nuas, meus pelos castanhos-claro. Assustada, perguntei o que ele estava fazendo no meu quarto, ali, como tinha entrado e então ele me falou que já que há seis meses eu apreciava tanto gozar junto com ele, se não queria fazer isso de uma maneira melhor.
E foi então que eu baixei os olhos e vi pela primeira vez um cacete ereto.
Avermelhado e grosso, como algo que eu nunca tinha visto.
E ele estava sorrindo. Nenhuma grosseria ou baixaria, nem violência. Se eu tivesse dito que não, ele certamente teria se virado e ido embora e nunca mais tocaríamos no assunto, mas não havia como eu dizer não. Minha boceta parecia soltar faíscas com o gozo interrompido e ali, sem nada ou ninguém para me impedir, para me ameaçar ou me envergonhar, estava o objeto do meu desejo e da minha curiosidade de virgem. Há muito tempo eu tinha sonhos à noite imaginando as sensações de ter um homem dentro de mim e agora tinha à minha disposição aquele com quem eu tinha mais intimidade, amor e até desejo. E aquele objeto, tão diferente à minha vista do que em fotos ou em vídeo. Aquela alavanca atravessando o corpo de Fernando, aquela lança cravadaem sua virilha, exalando um cheiro que ocupava todo o quarto, um cheiro que se sobrepunha ao meu, como ele se sobrepunha ao meu sexo.
E parecia macio e gostoso, gostoso de morder, de lamber e foi isso a primeira coisa que fiz.
Meu irmão estava esperando outra reação. Um beijo, ele disse depois. Um beijo de língua com a irmã, algo com que ele também sempre sonhara. Mas minha curiosidade era grande demais para perder tempo com essas preliminares. Eu precisava saborear aquele membro quente e confortante. Precisava saber seu gosto, precisava saber sua consistência, precisava morder aquilo. E precisava mesmo, porque era muito bom.
Era salgado sem ter sal, era macio aos lábios e firme aos dentes. E grande, muito grande, tinha que ficar mexendo a língua e toda a boca para conseguir acomodá-lo e tudo que eu queria era acomodá-lo para sempre. E comecei a sugar e mamar, instintivamente, a saboreá-lo, a abocanhar até a porta de minha garganta e voltar até a ponta, sentir seu topo arredondado. Lá embaixo, entre as pernas, podia sentir o cheiro tremendamente aumentado de meu suco umedecendo completamente meus pelos. Eu estava em minha cama, nua, chupando um pau e com meu irmão me tranquilizando e assistindo a tudo, até porque o pau era dele. Como era bom ter um irmão com quem você se dava bem!
Minha boca estava completamente ocupada por aquele colosso e minha boceta continuava a soltar faíscas lá embaixo. Eu sentia como se lava quente estivesse escorrendo lentamente e se depositando nas minhas coxas. A ponta de meus mamilos batendo vez por outra nas pernas peludas dele também me obsedava mais e mais. Eu precisava me masturbar, meu corpo não poderia aguentar tanto estímulo, precisava de alívio, precisava descarregar, precisava brilhar como um raio. Levei minha mão ao meu grelinho, mas meu irmão me segurou. "Não", ele disse, "ainda não, Camila. Ainda é muito cedo".
E puxou-me pelos cabelos. Aumentei a sucção e pude ouvir um suave "plop" quando minha boca desconectou-se de sua espada. Minha língua ainda avançou um pouco para fora, tentando manter o contacto, sem forças e sem vontade, mas fomos definitivamente separados pela sua mão firme em meus cabelos, com um aperto cuja força e decisão me excitava mais ainda. Ele levantou meus olhos, que buscavam os contornos daquele mastro, buscando reconhecer agora com um pouco mais de calma as formas e volumes que minha língua explorara e deixara completamente meladas de minha abundante saliva. A branda erupção entre minhas pernas aumentou quando ele me puxou e senti meus seios livres balançarem lentamente, apontando para a cama e roçando levamente em seus pelos, eriçando completamente minha nunca.
"Vem cá, maninha. Vem ver o resto de mim, que você gosta tanto. Ou pensa que eu não percebi você se roçando em mim na praia?"
E afogou minha cabeça em seu peito. Meus seios se apoiaram em sua coxa, enquanto eu lambia todo o seu corpo. Em seguida, desci até a virilha e ele, sempre me puxando pelos cabelos, me fez desviar de seu sexo e descer pelas pernas. A sensação dos pelos na boca me incomodou e ele pareceu adivinhar, já que acabou o percurso rapidamente e finalmente me olhou novamente nos olhos.
E empalmou-me entre as pernas.
Foi a primeira vez que ele tocou minha pele e a intempestividade e força do gesto fez a erupção recomeçar com toda a força e violência. Sua mão, bem maior do que a minha, cobria muito mais de minha fenda e me apertava com muito mais vontade. Seus olhos pareciam mais estarem me observando, analisando minhas reações, um irmão mais velho ensinando sua irmãzinha a fazer alguma coisa e essa segurança aumentava ainda mais minha excitação.
Sua mão percorreu minha vagina, de cima a baixo e de lado a lado. Evitou escrupulosamente meu grelinho, sabendo que qualquer carícia a mais poderia me fazer derreter de vez. Eu olhei para baixo para ver meu corpo nu sob suas mãos e novamente para ele, que apenas me encarava muito seriamente. Senti uma vontade incontrolável de beijá-lo, mas ele me deteve, "agora não, agora espera, Camila", ele disse.
Sua mão, completamente encharcada, atravessou toda a minha bocetinha e comecei a sentir seus dedos em minhas nádegas. Com a outra mão, ainda me olhando, ele começou a pinçar meus mamilos, alternadamente, adicionando uma pontada violenta à sensação da lava se despejando em cascatas de minha vagina empalmada, enquanto sentia seu indicador encontrar a circunferência de meu cuzinho, que instintivamente se recolheu ao toque.
Fernando então recolheu sua mão e, sempre me olhando, fez-me lamber longamente seus dedos, um por um. "Capricha, Camila, é para você", foi tudo que ele disse. Eu lambi cada um deles, sentindo na boca entretanto uma certa decepção, faltava a grossura e o volume daquele saboroso cacete. Então ele novamente pinçou meu mamilo, me fazendo suspirar inevitavelmente e desceu pelas minhas costas até minhas nádegas, serpenteou em meu rego e seu dedo médio procurou um pouco, até encontrar a porta de meu cuzinho, novamente.
E desta vez entrou, enquanto ele puxava meu mamilo e me extraiu um longo, profundo, sentido suspiro. Pela primeira vez na minha vida, meu corpo era invadido, penetrado. A melação em minha virilha era tão grande que seu dedo penetrou suavemente e a sensação estranha era agradável e provocante, embora o toque do invasor me parecesse excessivamente duro e frio. E pequeno.
Meu corpo precisava ser preenchido por algo mais quente, aveludado e volumoso e por isso mergulhei novamente de boca em seu bastão. Aquilo tudo me enlouquecia. Meus seios balançavam ao ar livre, um deles pinçado. Estava afogada numa firme vara de carne, enquanto um corpo estranho entrava e saía lentamente de minha bundinha. Minha bocetinha se contraía violentamente, como se buscando no ar algo para preenchê-la. Chupava cada vez mais violentamente, meu corpo inteiro estava pulsando e se contorcendo, minha bunda se jogando para trás, procurando mais preenchimento, minha boca circulando e lambendo e chupando o cacete, meus seios se esfregando no braço que apertava meu biquinho.
"Está ótimo, Camila. Perfeito", levantou novamente meu irmão minha cabeça pelos cabelos. Meu corpo continuou se contorcendo. Fui obrigada a sentar em sua frente, mas continuei rebolando na cama em cima do dedo. Ele o tirou. Me largou completamente. Nada mais nos unia, mas eu abria e fechava as coxas e esfregava-as com as mãos, "não pára, Fernando, não pára", murmurei, enquanto abria a boca salgada dos fluidos dele em busca de um beijo. Ele no entanto recusou meus lábios, saiu de lado e me fez deitar de bruços, enquanto comentava, "parar, maninha? Agora é que nós vamos começar...", enquanto eu estava ali, deitada, nua, excitada e completamente indefesa nos braços de meu irmão pelado.
Era agora.
Senti algo percorrendo minhas costas, quando ele se ajeitou atrás de mim. Senti a ponta macia de sua lança descer entre minhas nádegas e se ajeitar na ponta de meu cuzinho. Ele pressionou um pouco e o anelzinho percebeu que não iria ser algo tão fácil de entrar quanto o dedo. Seria muito mais volumoso. Muito mais invasivo, muito mais penetranto, muito mais grosso, muito mais largo e principalmente, muito mais violento e incisivo.
Ia ser ótimo.
Ele deu a primeira pressão, sentado sobre minhas coxas. Eu soltei um murmúrio. Ele recuou. Forçou novamente. Eu mordi os lábios e soltei um pequeno suspiro de dor. Ele recuou e parou.
"Não, Fernando, nunca", eu comecei a rebolar debaxo dele, "me amassa, me come, me enraba, não pára, maninho, meu irmão querido, meu irmãozão, vem cá, tanto que a gente brigou, me machuca agora mais um pouco, mais um pouquinho só, vem".
Eu não sei que cara ele fez quando eu gritei todas essas bobagens, mas sei a cara que eu fiz quando seu mastro dardejante afastou as paredes de meu cuzinho para o lado e aconchegou-se naquele almofada perfurada. A dor momentânea foi como se eu tivesse levado uma topada. Cerrei os dentes e pensei que passaria, assim como passa uma topada. Ainda mais com algo me apertando. O pau dele entrava em mim, indo e saindo e eu podia senti-lo quente, quente e macio, bem mais macio do que o dedo, apesar de mais grosso, uma sensação extremamente agradável uma vez ultrapassado o anelzinho, extremamente confortável quando alcançava as minhas entranhas.
A pontada realmente passou e agora eu podia curtir completamente aquela vara dentro de mim. Ela saía e entrava, cada vez mais fundo e parecia que não ia parar mais de entrar. Eu sentia uma agradável sensação de calor se espalhando em minha bunda e se unindo ao de meu sexo. Toda aquela região do meu corpo havia se transformado numa mole pasta, em que a única coisa dura era o cacete invasor de meu próprio irmão. O garoto que me defendia na escola, que me ajudava no dever de casa, que ajudava meu pai nas compras, que assistia tevê comigo, aquele inofensivo rapaz agora estava sentado em cima de mim com uma vara enterrando-se no interminável abismo de meu rabo. Eu estava empalada, com uma sensação de preenchimento, de estar entalada, com a boca cheia, arrolhada, como se meu cuzinho fosse feito exclusivamente para aquilo, somente para ter um pau enfiado nele.
Finalmente, senti algo suspenso bater levemente em meus lábios vaginais. Eram suas bolas. Seu cacete havia entrado até o cabo e eu estava enrabada até a borda. E amando. Foi quando meu irmão pôs as mãos em meus ombros e me puxou, deixando-nos ambos sentados na cama, eu presa por um pino de segurancá firmemente instalado dentro de minha bunda. Livre, eu comecei imediatamente a rebolar lentamente, percebendo que seu mastro girava dentro de mim, pressionando as paredes para um lado e para o outro, enquanto me esfregava, sentindo nas costas os pelos de seu peito. Foi quando meu irmão começou a bombar dentro de mim.
Senti que toda aquela região do meu corpo havia se transformado não em pasta, mas em lava fervente. E que não cabia mais dentro de meu corpo, precisava sair. E o único caminho para fora era pela minha bocetinha. Os fluidos todos pareciam estar se concentrando junto aos meus lábios enquanto ele mexia. Eu sentia minhas costas molhadas e suadas, nós dois salgados, nós dois lubrificados e oleosos, mornos e gelatinosos, com a única exceção daquele tronco de carno, liso e sem galhos, rodando e bombando dentro de mim, em minhas entranhas. Pela primeira vez, senti meu irmão pressionando com um dos braços meus seios, achatando-os contra sua pele, contra seus músculos, enquanto a outra novamente agarrava meus cabelos, girava meu rosto e me fazia encará-lo.
E, pela primeira vez, nossos lábios se uniram.
A erupção começou e nada poderia pará-la. Eu soterraria Pompéia, destruiria Krakatoa, submergiria a Sicília e calaria o Vesúvio e ainda assim haveria muito que aliviar, muita lava que escorrer, muito fogo a expelir. O calor que derretera todo meu corpo da cintura para baixo alcançou meu cérebro. A única coisa sólida em todo o meu corpo eram os meus biquinhos achatados debaixo do braço de meu irmão. Eu estava gozando de uma forma que achava inimaginável, impensável, inalcançável, de uma forma que me dava medo de morrer, medo de morrer por ter descoberto algum segredo fora do alcance dos mortais, de estar tendo uma visão de um mistério proibido, de estar adentrando uma zona esquecida da mente humana, para nunca mais sair, nunca mais terminar, nunca mais voltar a ser um ser humano, a pedir para meu irmão atender o telefone, a jogar com ele Banco Imobiliário, a me levar à festa dos amigos dele, a me enrabar, me enrabar com força e jeito, a me mostrar que eu nasci para isso, para ser enrabada pela pessoa mais íntima de mim, pelo único homem que poderia arrancar de mim tal orgasmo, dada a nossa proximidade, a proibição tácita de nos tocarmos e nos desejarmos, nos amarmos, à proibição inominável, eu estava pondo para fora tudo que havia dentro de mim, toda e qualquer neuroso que eu tivesse, enquanto gritava sem parar, gritava como o animal à qual fora reduzida, sem um verniz de civilização, de racionalidade, de responsabilidade, porque eu estava em primeiro lugar tão jovem e já transando, em segundo lugar, levando atrás em vez de na frente e, em terceiro e principalmente, dando para o meu irmão, tudo que era proibido, tudo que era reprimido, saía de mim por todos os buracos livres, eu gozava, babava, gritava, chorava, molhada e suada, taquicárdica e fervendo, levando não só a mente como meu corpo aos limites.
Finalmente, o vôo foi terminando. Consegui ver terra firme. Sentia-me abrindo amplamente as asas enquanto planava sobrevoando o mar e preparando para aterrar na praia. Estava chegando. Meus músculos se desligaram completamente e eu caí de vez sobre o peito de meu irmão, sua vara ainda dura me mantendo em posição. O gozo terminara e eu estava derretida, gelatinosa, pastosa, desmontada, com apenas sua alavanca me dando um vislumbre de sustentação.
E, então, ele começou a escorregar para fora de mim.
"Não, Fernando, não tira!", eu implorei. Ele retrucou que a posição o estava incomodando, mas eu insisti, me atirei contra sua virilha, não queria deixá-lo sair. "Mas eu quero gozar, Camila e estou formigando" e, num gesto brusco, saiu de mim, me deixando com uma terrível sensação de vazio e abandono.
"Não, Fernando", eu pedia, enquanto ele se afastava. Seu bastão passou perto de minha boca, ainda duro e lustroso. Em meio a tantas atitudes proibidas desta noite, passou-me a vontade de prová-lo ainda com meu gosto nele e o abocanhei. Meu irmão gostou da idéia, pelo longo suspiro que soltou e a mão que imediatamente alcançou meus cabelos e começou a tentar forçar um vaivém. Mas eu continuava vazia, precisando ser preenchida. Puxei sua mão, levei seus dedos até a porta de minha bundinha, sugerindo-lhe que pelo menos aquilo ele me enfiasse. Ele começou a fazer isso, mas subitamente parou.
Senti que ele se esticava, como se para alcançar algo mais distante da cama, o interruptor ou algo sobre minha penteadeira. Ele novamente se ajeitou sobre a cama. Eu continuei a chupar seu pau, a percorrê-lo e circulá-lo, e procurei seu braço, novamente tentando fazê-lo me preencher.
Foi aí que eu percebi que ele tinha pego um tubo de desodorante.
"Hmmmmmmmmm", murmurei longamente, a boca cheia e os lábios fendidos pela pica de Fernando, num protesto sem nenhuma convicção, imaginando que ia ser submetida a mais um ato sexual que meninas de minha idade não fazem e que por isso mesmo novamente iria descobrir um prazer que garotinhas da minha idade não sentem. O pau de meu irmão na boca, minha cabeça indo e voltando puxada pelos cabelos e aquele tubo de desodorante prestes a me invadir, prestes a ocupar o vazio deixado pela tora que me levara ao paraíso.
O tubo era mais fino, mas também mais duro e frio. Entrou de uma única vez, com suas paredes plásticas lisas e escorregadias, com pouco atrito, face ao alargamento de meu cuzinho e à melação toda que o lubrificara. Estava longe de ser confortável quanto carne, mas eu podia senti-la na boca enquanto estava preenchida atrás. Eu acabara de ser enrabada, estava chupando um pau e ainda tinha um consolo no cuzinho. Tudo isso com meu irmão. E ainda era virgem.
Comecei novamente a me contorcer e a chupar com mais volúpia e vontade. Meu irmão não resistiu muito. Mais tarde ele passaria a gozar mais rápido, diria que naquele dia estava nervoso demais para chegar logo ao orgasmo. De qualquer forma, senti pela primeira vez o caldo viscoso e amargo do homem em minha boca, seus jatos que me provocavam ainda mais. Levei a mão até o tubo de desodorante firmemente fincado entre minhas nádegas e bombei um pouco para acompanhar o gozo de Fernando. Engoli tudo. Nem me passou pela cabeça não fazer aquilo, por mais que o sabor não tivesse me agradado, bastante diferente do delicioso salgado do fluido lubrificante anterior.
Paramos um pouco. Esticamos e nos relaxamos na cama. Tanta excitação havia exaurido nossas forças e agora éramos folhas ao vento. Chuva secando. Foi então que Fernando falou, "vem, Camila, estamos todos melados. Vamos tomar banho". Eu repliquei que queria ficar mais um pouco ali, que gostava dos cheiros, que gostava de tudo, mas meu irmão insistiu e me puxou para me deixar de pé. E, quando ele conseguiu, eu entendi porque ele queria me levantar da cama. O primeiro passo que eu dei, o tubo de desodorante rolou em minha bunda e pressionou as paredes de meu cuzinho e me fez me apertar toda novamente.
A noite ainda ia ser longa e eu estava em minha cama, em meu quarto, com minha família, com a casa toda para mim e meu irmão. Ainda tínhamos todo o fim de semana para fazer ranger a cama dele, o sofá, a cama de nossos pais. Uns estalidos. Apenas isso tudo e começou a longa viagem de nós dois pelos proibidos e obscuros caminhos, segredos e mistérios do sexo. Eu seria enrabada ainda muitas e muitas vezes, com Fernando mantendo minha virgindade longa e torturantemente, até uma ocasião muito especial. A chegada de nossos primos, para passar uns dias durante as férias.
(Continua)

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