dezembro 18, 2008

Bernard Madoff, o Vigarista das Pirâmides Financeiras

Meu pai me ensinou que se enriquece trabalhando duro e a longo prazo. Mas isso era de outra época. Eu não aprendi muito o lance de "trabalhar duro", mas aprendi que dinheiro se economiza e se investe com prudência.

Um vigarista como Bernard Madoff, que sumiu com talvez 50 bilhões de dólares de clientes só existe num mundo em que se tem que enriquecer rápido e sem essa história de trabalho. E com uma facilidade terrível para atrair ricos, graças à sua idéia de classe. A noção que se popularizou nos últimos 20 anos de que milionários são sujeitos especiais se espraiou de tal forma pela concepção de mundo deles mesmos que passou a ser muito fácil acreditar num investimento garantido capaz de render mais do que outros fundos, independente de crises ou solavancos econômicos. Não só encapsula o conceito de que o dinheiro de verdade está acima dessas coisas como, principalmente, reflete uma visão de mundo em que existem informações privilegiadas disponíveis apenas para certos indivíduos acima da massa em geral.

A visão mais rasteira disso é aquela do Homer Simpson mesmo, sempre tentando enriquecer com esquemas malucos, porque trabalhar para ficar rico é coisa de perdedor.

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