setembro 09, 2010

Um Celular com Câmera no Aeroporto Santos Dumont

Depois de caminhar pelo Aterro, passei no Aeroporto pra tomar um capuccino e tirei umas fotos desse painel do começo dos anos 50. Tudo bem, não é uma grande pintura, mas justamente por ser tosco tem um ar nostálgico de um Brasil de outra época, subdesenvolvido e meio assustado com o futuro.


O retrato de uma época em que se voava em aparelhos que eram consertados por mecânicos de rua pouco antes de decolar e o pessoal achava tudo normal... mas tudo bem, era um DC-3, o fusca da aviação, o melhor avião de todos os tempos...



Uma época em que as pessoas ainda se produziam para voar, beeeeem antes da onipresença das calças de moleton (gnaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!)

É impressionante como se achava natural a porta de entrada da capital nacional ter uma pintura com uma técnica em par com aquelas em botecos mostrando os campeões do mundo (sim, porque é claramente inferior à daqueles murais com panoramas do inesquecível Nilton Bravo - ou mesmo de seus imitadores.

Clicando na panorâmica acima, você poderá ver em detalhe todos os aviões, alguns quase irreconhecíveis - Os maravilhosos DC-3 pousados, um zepelim, um Constellation (apenas a cauda dá a dica), um Boeing B-47, o primeiro bombardeiro com asas enflechadas e uma aparência escandalosamente futurista para a época (a grande pista pra saber que é ele são os seis motores, com os quatro internos agrupados dois a dois), um troço que não consegui adivinhar o que era, mas que vou chutar que seja o B-45 Tornado, um DeHavilland Comet, o primeiro jato comercial do mundo, da Inglaterra, que perdeu a dianteira no segmento depois que ele sofreu vários acidentes seguidos (depois descobriram que as janelas muito grandes causavam rachaduras em grandes altitudes por causa da pressurização, depois de algumas viagens, por fadiga do metal), um C-119 Boxcar, aeronave militar de transporte, e um Cutlass pintado de preto e completamente fora de escala - levei horas pra chegar à sua identidade, depois de levar em conta a configuração sem empenagem e suas asas típicas. Estou ou não estou virando um nerd de aviação?

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