Seria realmente o momento supremo do futebol o gol, o tento, a bola estufando as redes servindo como encenação ritualística da lança atravessando o peito de um animal ou inimigo da tribo? Em parte. A comemoração de um gol é uma explosão de alegria e auto-satisfação. É uma epifania, nunca uma catarse. Deixa-nos imersos em bons sentimentos. Não mexe com o lado negro de nossa alma, não nos faz exemplo de dedicação. O gol é a aplicação dos talentos animais - reflexo, agilidade, velocidade - de um homem, enquanto o carrinho que desarma o gol não só impede a satisfação dionisíaca do atacante como nos faz encarnar tudo que nos faz civilizados, seja para o bem ou para o mal - a negação dos instintos básicos de atacar com tudo e deixar a nossa marca em prol do bem maior do time; a dedicação a tarefas que possam parecer desprezíveis mas são fundamentais para o bom funcionamento do todo; a noção de sacrifício e a perseguição ao excepcional, ao fora-de-série para que ele não desorganize todo um sistema.
E, além de tudo, marcar um gol e sair reclamando com os amigos é coisa de chato com problemas, enquanto bicar uma bola pra lateral e sair reclamando com os amigos é coisa de um chato, mas um chato que no fundo tem razão.
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