Acenda o refletor em meu rosto
Até que eu fique cego com a luz brilhante
Amarre minhas mãos à cadeira para que eu não possa reagir
E então extraia de mim toda a minha verdade
Esbofeteie-me se eu resistir
Acerte meu estômago se eu omitir
Pressione-me, aperte-me, pergunte-me
Até eu delatar quem eu sou realmente
Jogue água em meu rosto se eu dormir
Não me deixe hesitar, vacilar ou mentir
Até eu confessar todos os pecados que cometi
Vem, Vida, violenta e brutal
Extrair de mim minha grande e derradeira confissão
Que eu vivo - Réu confesso
(Texto final da minha peça A ARTE, OS AMIGOS, A MORTE E AS MULHERES, ganhadora do concurso da FUNARTE de 1995)
junho 28, 2006
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