novembro 11, 2008

Blogue (Especial) Sem Lei VI

Apaches na Rio Branco II




Pra quem achou que era cascata de Internet a história dos apaches na Rio Branco, eis a prova cabal, fotografada hoje:



Como se pode ver, eles nunca foram embora, mesmo depois da inauguração do Edifício Central e da dispensa de seus serviços nativos americanos.



À sombra do imponente arranha-céu que ajudaram a construir, os sobreviventes e seus descendentes fundaram uma pequena comunidade que ainda hoje sobrevive no Largo da Carioca.



"Mas como", indaga-se o leitor, "poderia haver uma tribo apache no Largo da Carioca se passo por lá todo dia e nunca os vejo?" Ora, qualquer um que tenha visto Flechas de Fogo ou uma razoável quantidade de clássicos do bangue-bangue, você não vê os apaches a não ser que eles queiram ser vistos, o que parece ser o caso aqui.



Por isso, muito cuidado ao andar pelos desfiladeiros da Rio Branco. Se começar a ouvir cantos suspeitos de pássaro ou espelhos refletindo a luz do Sol, engatilhe sua Winchester.

(Se você ficou com preguiça de ler a história dos apaches na Rio Branco, é que o Edifício Av. Central foi construído com estrutura em aço, em vez de concreto armado, um dos poucos no Brasil, tanto que importaram operários americanos pra obra; dentre eles, vários nativos americanos, já que eles, por algum motivo, parecem menos propensos à acrofobia e, como vemos em filmes ianques, esse estilo telúrico de erigir arranha-céus exige muitas caminhadas sobre estreitas vigas a dezenas de metros de altura).

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