Quem é Obama?

Os democratas fizeram de tudo pra entregar a eleição. Resolveram empurrar um negão goela abaixo do eleitorado americano. Felizmente o W. se esforço ainda mais do que eles e fez uma cagada fenomenal na economia do mundo. E assim realmente a merda vai ficar na mão do negão (1).

O problema é, o que realmente quer o negão? É o que se pergunta este artigo no blogue do Nassif e é algo que vem me preocupando já há bastante tempo. Eu posso estar absurdamente errado, já que meu conhecimento da política dos EUA é superficial (mas dar palpites mal-informados é o papel do blogueiro), mas que esse vivente tem uma cara que me lembra muito um Collor de esquerda, ah, tem.

Ele é novo, vaidoso e fora a colorida história da mãe e da juventude dela, a gente não sabe quase nada dele. Parece aquela cena final de MUITO ALÉM DO JARDIM, quando os peixões de Washington pensam em lançar a candidatura de Chance Gardner, "ninguém sabe nada do passado dele", "ótimo, assim ninguém vai ter nada pra usar contra ele". O Paul Krugman passou a campanha das primárias toda reclamando que o plano de saúde dele era muito conservador e que seus projetos econômicos não eram muito claros - e agora com essa trozoba toda aí rolando pelo planeta, eles têm sido menos claros ainda.

Também na campanha das primárias, li no blogue do www.xkcd.com, minha tirinha online predileta (an webcomic about math, language, sarcasm and romance) um apelo fanático pelo Obama (por favor, por favor, vote nele. Ele é a coisa real. Ele é realmente a mudança). A maneira dele arregimentar fundos pela internet também sugere um certo messianismo perigoso (sobre internautas, aquele povo esquisito e meio nerd).

Bem, nesta terça ele vai se eleger. Seria do cacete um negão chegar na Casa Branca, botar pra foder e resolver essa crise econômica à Franklin Roosevelt, mas existe o seriíssimo precedente de 1976, quando em meio à crise econômica e institucional legada pelo canalha pulha da presidência anterior (Nixon na época, W. agora) os democratas retomaram o poder não só no Executivo como no Legislativo e, atropelados pela história, ficaram marcados como fracassados, não conseguindo nem o mínimo que se espera, de reeleger um mandatário máximo. Em 1932 o new deal funcionou e daí até 1980 os republicanos só mandaram durante 16 anos - e pra oito dessas revoluções orbitais tiveram que convocar o general supremo dos Aliados ocidentais na II Guerra Mundial.

Depois de Carter, de 1980 pra cá, os democratas só tiveram os oito anos de Bill Clinton.

(1) A vida imita a arte - reparem como sempre que Hollywood retratou um negão na Casa Branca, deu merda - Em Impacto Profundo (ou Armaggedon, não vi nenhum dos dois), o Morgan Freeman tem que lidar com o fim do mundo. Em 24 horas o afro-americano da vez tem uma bomba atômica querendo explodir.